A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, prendeu um homem de 21 anos, investigado pelo homicídio de Carlos Alberto Sepulchro, de 56 anos. O crime ocorreu no dia 16 de julho, no bairro Jardim Guaranhuns, em Vila Velha. A prisão foi realizada no dia 05 de setembro, também no bairro Jardim Guaranhuns, em Vila Velha.
O resultado da investigação foi apresentado em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (07), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória. O resultado foi apresentado após o suspeito, que foi denunciado, ter a prisão temporária convertida em preventiva.
O superintendente de Polícia Especializada (SPE), delegado Agis Macedo, iniciou a coletiva destacando a importância de apresentar os resultados das operações conduzidas pela Polícia Civil. “É sempre bom apresentar o resultado dos trabalhos realizados pela Polícia Civil. Essa prisão de um indivíduo envolvido com o tráfico de drogas, é uma prisão importante. Dentro do que traz a diretriz do Programa Estado Presente, que busca reduzir a criminalidade”, disse.
De acordo com as investigações, o suspeito monitorou a chegada da vítima, fez o reconhecimento, buscou uma arma e efetuou os disparos. Após o crime, ele se desfez da camisa que usava e da bicicleta utilizada na ação.
O crime ocorreu em julho, na praça do bairro Jardim Guaranhuns, em Vila Velha. “No dia do homicídio, a vítima estava na praça por volta do meio-dia e foi abordada por um indivíduo de bicicleta, que efetuou disparos pelas costas. Quando a vítima caiu, o autor continuou atirando. Conseguimos identificar o investigado como a pessoa que monitorou a chegada da vítima, fez o reconhecimento, buscou uma arma e executou o crime, retornando para a área controlada pelo tráfico. Após o crime, ele se desfez da camisa que o identificava e da bicicleta”, explicou o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vila Velha, delegado Daniel Fortes.
O delegado informou que o investigado já tinha passagem por tráfico de drogas e exercia uma posição de gerência no tráfico local. “Desde o início das investigações, a população já fornecia informações apontando o investigado como o autor, um rapaz envolvido com o tráfico na região. Apuramos que o investigado era o gerente do tráfico em Garanhuns e que executou a vítima com base em um boato de que ela estaria passando informações dos atuais traficantes para os antigos controladores da área. Embora não haja confirmação desse boato, ele foi suficiente para ordenar a execução”, disse o delegado Daniel Fortes.
Quanto à motivação inicial, o delegado também mencionou que o tráfico acreditava que a vítima estaria passando informações para antigos traficantes da região. “Na prisão do investigado, ele foi interrogado e teve o direito de permanecer em silêncio, mas preferiu falar. Ele negou a participação no homicídio, alegando que o crime foi motivado pelo fato de a vítima estar ‘mexendo com meninas novas’. No entanto, sabemos que esse tipo de desculpa é usada pelo tráfico para difamar a vítima e justificar o crime, conseguindo, assim, apoio da população”, explicou o chefe da DHPP de Vila Velha.
A prisão foi realizada no dia 05 de setembro, também no bairro Jardim Guaranhuns, em Vila Velha. “As viaturas da DHPP de Vila Velha, após a expedição do mandado de prisão temporária, realizaram diligências no local controlado pelo investigado. Durante uma incursão, os policiais o localizaram e efetuaram a prisão sem resistência”, contou Daniel Fortes.
O delegado esclareceu que, após novas provas, como imagens que confirmam a participação do investigado, foi solicitada e decretada a prisão preventiva do suspeito pelo homicídio no bairro Jardim Guaranhuns.
Ele ressaltou ainda a importância da colaboração da população. “Mesmo com medo de represálias do tráfico, a população de Vila Velha nos ajudou desde o início, identificando o autor por meio de denúncias anônimas. Agradecemos essa colaboração e garantimos o anonimato em todas as denúncias feitas, seja via redes sociais, pessoalmente, ou pelo número 181”, reforçou o delegado.
O homem está sendo acusado de homicídio consumado, qualificado pela impossibilidade de defesa da vítima, e as investigações continuam para verificar se há outras pessoas envolvidas. “A princípio, apenas ele foi identificado como o executor, e, por sua posição de gerente, ele assumiu a responsabilidade de executar Carlos Alberto”, complementou Fortes.