Estudantes privados de liberdade realizam releituras artísticas após reflexões sobre o Dia Estadual da Promoção de Igualdade Racial

Estudantes privados de liberdade realizam releituras artísticas após reflexões sobre o Dia Estadual da Promoção de Igualdade Racial

A atividade abordou identidade, direitos humanos e resistência por meio da arte.

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Governador Lindenberg, referência educacional na Penitenciária de Barra de São Francisco, desenvolveu uma atividade pedagógica e cultural voltada à reflexão crítica sobre o 13 de Maio — data que simboliza o fim legal da escravidão no Brasil, mas que, mais do que isso, convida à análise das permanências históricas, do racismo estrutural e da luta por direitos da população negra.

Estudantes das 2ª e 3ª etapas do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos (EJA), em contexto de privação de liberdade, realizaram releituras de obras consagradas da arte brasileira: O Mestiço e Lavrador, de Candido Portinari, e A Negra, de Tarsila do Amaral. A proposta teve como foco o estímulo à reflexão sobre identidade, resistência, história e pertencimento, por meio da mediação pedagógica da professora de Arte, Flávia Eduarda Oliva.

A atividade faz parte de um projeto contínuo voltado à educação em espaços de restrição de liberdade e reforça o papel da arte como ferramenta de transformação. “Trabalhar com obras como as de Candido Portinari e Tarsila do Amaral permitiu aos alunos não apenas conhecer a história da arte brasileira, mas também refletir sobre questões raciais, sociais e identitárias. Eles se expressaram de forma autêntica e profunda, mostrando que a educação, mesmo dentro dos muros, pode libertar consciências e ampliar horizontes”, destacou a professora Flávia Oliva.

O pedagogo Marilson Gomes Borjaille reforçou o impacto da iniciativa: “A atividade teve como objetivo incentivar o pensamento crítico e o sentimento de pertencimento entre os alunos, além de promover o acesso à cultura. A arte foi, mais uma vez, instrumento de escuta, expressão e fortalecimento da identidade”.

As releituras produzidas revelaram criatividade, sensibilidade e consciência histórica. Para os educadores envolvidos, o trabalho com datas como o 13 de maio vai além da menção ao fim da escravidão: trata-se de uma data memorativa, que convida ao debate, à escuta e à valorização das narrativas negras silenciadas ao longo da história oficial.

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