Encontro reuniu escolas, Sedu e Ufes em ações culturais, rodas de conversa e troca de experiências.
Nessa segunda-feira (25), a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Terra Vermelha, em Vila Velha, sediou o Intercâmbio PIPAT, um encontro que reuniu estudantes, professores e gestores para debater e vivenciar práticas pedagógicas de enfrentamento à violência contra mulheres. A iniciativa contou com a participação da EEEFM Iracema Conceição Silva (Serra) e do Projeto de Extensão FORDAN, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
A programação começou com uma acolhida cultural que emocionou os presentes. Estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) apresentaram o poema “Hoje recebi flores” e a música “Triste, louca ou má”, trazendo à tona reflexões sobre o machismo e seus impactos na vida das mulheres. O momento foi marcado por falas de estudantes que compartilharam experiências pessoais, reforçando a importância do tema.
Na mesa de abertura, representantes das escolas, da Gerência de Educação de Jovens e Adultos (GEEJA), da Secretaria da Educação (Sedu), e do FORDAN destacaram o caráter histórico e político do encontro. Entre os pontos de reflexão, a coordenadora do FORDAN, Rosely Maria da Silva Pires, enfatizou a urgência de incluir meninos e homens no processo formativo, como estratégia para romper ciclos de violência.
A EEEFM Terra Vermelha apresentou as iniciativas já em andamento, como a sala de acolhimento, rodas de conversa, trabalhos culturais, debates sobre machismo e a análise de materiais da Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa. A troca de experiências se consolidou com a visita da equipe da EEEFM Iracema Conceição Silva à sala de acolhimento de Terra Vermelha e o diálogo com integrantes do FORDAN, que ofereceram orientações e esclarecimentos.
Mais do que um evento pontual, o intercâmbio reafirmou o PIPAT (Projeto Integrador de Pesquisa e Articulação com o Território) como um componente curricular indispensável. Ao aproximar o processo educativo das realidades sociais, culturais e políticas vividas pelos estudantes, o projeto fortalece o papel da escola como espaço de acolhimento, reflexão crítica e transformação social.
No Espírito Santo, estado que enfrenta altos índices de feminicídio, a realização de atividades educativas voltadas ao enfrentamento da violência contra mulheres ganha ainda mais relevância. O intercâmbio evidenciou a potência da articulação entre diferentes atores sociais e institucionais em defesa da vida e da dignidade das mulheres.
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