Sessão relembra mais de mil vidas perdidas e alerta para aumento de 340% nos casos de antissemitismo no mundo após atentado
15/10/2025 – 14:40
Brasília (DF) – Em homenagem às vítimas do ataque de 7 de outubro de 2023 em Israel, os republicanos Gilberto Abramo (MG) e Márcio Marinho (BA) realizaram sessão solene na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (15).
O líder do Republicanos, deputado Gilberto Abramo, presidente do Grupo de Amizade Brasil-Israel, ressaltou que a paz requer ações permanentes de compromisso. “Lembrar essa data não é apenas rememorar um episódio trágico. É reafirmar que a paz não nasce da omissão, mas de atitudes que promovem respeito, empatia e responsabilidade. É fácil se comover diante da tragédia. Difícil é manter o compromisso com o bem depois que o tempo passa e o noticiário muda”.
O ataque resultou em 1.139 vidas perdidas em Israel, entre civis, militares e policiais, além de mais de 3.400 feridos e 247 pessoas sequestradas. A representante da Embaixada de Israel, Rasha Atamny, classificou o ataque como o pior contra judeus desde o Holocausto. “Naquele dia, Israel sofreu uma tragédia que separou famílias e destruiu a sensação de segurança em lares que, apenas um dia antes, estavam repletos de amor, música e risos. Após mais de dois anos de cativeiro em condições desumanas, os reféns restantes retornaram para casa. 20 deles de pé, mas 28 em caixões”, afirmou.
O deputado Márcio Marinho, membro da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, e do Grupo de Amizade Brasil–Israel, destacou o compromisso do Brasil com a paz duradoura no Oriente Médio, com a defesa do diálogo diplomático e com o respeito aos direitos humanos.
“Que a memória das vítimas do 7 de outubro permaneça viva como um chamado à humanidade. Que possamos, a partir dessa lembrança, trabalhar por um mundo em que a intolerância jamais encontre espaço e em que a paz seja o maior compromisso entre os povos”.
Marinho lembrou também das vítimas de Gaza. Estimativas apontam para mais de 65 mil palestinos mortos e cerca de 165 mil feridos.
“Ao homenagearmos as vítimas do 7 de outubro, também estendemos nossa compaixão a todos os inocentes, israelenses e palestinos, que perderam suas vidas, seus lares e seus sonhos em meio à violência”, disse Marinho.
De acordo com Célia Parnes, diretora da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), o antissemitismo nunca foi extinto. “Ele retorna agora disfarçado de nova linguagem, mas com a mesma intenção de deslegitimar e isolar”, argumentou.
Segundo Célia, os crimes de antissemitismo no Brasil cresceram mais de 1000% desde então. “Se me perguntarem se alguma vez eu tive medo em relação às minhas origens, aqui no nosso país, posso responder que nunca. Mas hoje, talvez por estar mais exposta às informações que circulam em diversos grupos da minha comunidade, não posso ignorar a dura realidade”.
Gilberto Abramo trouxe dados da Liga Antidifamação dos Estados Unidos, cujas pesquisas registraram aumento de 400% em incidentes antissemitas logo após os ataques de outubro. “Esse cenário se repete globalmente. O relatório da Agência Judaica e da Organização Sionista Mundial aponta que os casos de antissemitismo aumentaram 340% no mundo. Esses dados revelam com clareza que o atentado não visava apenas causar mortes e medo em Israel, mas desestabilizar a imagem do povo judeu e fomentar o ódio no mundo”, concluiu.
A cerimônia contou com apresentações do Quinteto de Sopro regido pelo Maestro Thiago Francis e com a presença de deputados de vários partidos e representantes da sociedade civil.
Fernanda Cunha, com edição de Felipe Rodrigues / Ascom – Liderança do Republicanos
Julio Dutra
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