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A internet deixou de ser um espelho e virou uma simulação

A internet nasceu como o maior espelho da humanidade, um reflexo vivo da criatividade, das ideias e das descobertas de bilhões de pessoas conectadas. Mas esse espelho começa a distorcer. O que antes era um mosaico de vozes humanas, agora se transforma em um oceano de dados artificiais. Um estudo da University of Oxford e da Graphite revelou que metade de todo o conteúdo publicado online já é gerado por inteligência artificial.

Isso significa que estamos sendo substituídos, lentamente, e o mais curioso é que participamos ativamente desse processo. Ao delegar aos algoritmos a função de criar, passamos da posição de autores para espectadores. Entregamos às máquinas nossa maior virtude: a originalidade.

O paradoxo é que as IAs aprendem consumindo conteúdo. E agora, boa parte do que consomem foi criado por outras IAs. É um ciclo fechado, um loop de cópias, em que o conhecimento deixa de evoluir e passa a se repetir. A criatividade, antes imprevisível, começa a ser estatística. A inteligência, antes viva, torna-se uma simulação.

O resultado é uma internet cada vez mais artificial, mas não necessariamente mais inteligente. O conteúdo que lemos, assistimos ou ouvimos se parece mais com versões genéricas de algo que já existiu. E, ao terceirizar nossa capacidade criativa, não estamos apenas perdendo o controle da rede. Estamos perdendo a nós mesmos.

Porque no fim, a verdadeira inteligência não está nas máquinas que produzem, mas nos humanos que ousam imaginar o que ainda não existe.

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