O Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio (CEEFM) Afonso Cláudio, localizado em Afonso Cláudio, realizou a roda de conversa “Flores que Rompem ‑ Personalidades Negras”, ação organizada pelas professoras Lucimar Ramos e Mônica Saager, com o objetivo de fortalecer a identidade e a autoestima das estudantes e promover um espaço seguro de diálogo sobre vivências, resistência e representatividade feminina negra.
A atividade contou com a participação de mulheres reconhecidas pela comunidade, que compartilharam suas trajetórias de vida, desafios e conquistas. Entre as convidadas estiveram Feliciana C. Serpa e sua mãe, tia Helena, professoras reconhecidas e respeitadas na comunidade. As duas relataram episódios de racismo vivenciados em diferentes épocas, tanto no ambiente profissional quanto em seu cotidiano, destacando como desenvolveram estratégias para se fortalecer emocionalmente e se posicionar com firmeza em situações discriminatórias.
A empreendedora Thamires Ferreira, do ramo da beleza, também contribuiu significativamente. Ela compartilhou episódios de preconceito vividos na adolescência, especialmente relacionados ao cabelo e à cor da pele, e relatou como essas vivências a motivaram a criar um espaço de acolhimento para mulheres negras, voltado ao cuidado e à valorização estética e emocional.
As estudantes participaram ativamente, fazendo perguntas e compartilhando dúvidas e inquietações. As convidadas responderam com sensibilidade e profundidade, reforçando a importância do respeito mútuo e destacando que o enfrentamento ao racismo não é responsabilidade apenas das mulheres negras, mas sim de toda a sociedade.
Como parte da programação, houve uma apresentação teatral com estudantes negros, que representaram personalidades históricas de destaque, trazendo ainda mais significado ao encontro. A apresentação reforçou o reconhecimento da identidade negra e valorizou trajetórias de resistência e contribuição social.
A roda de conversa também proporcionou uma aprendizagem significativa ao conectar história, cultura, política e vivências pessoais, fortalecendo o vínculo entre as participantes e ampliando o clima de respeito e acolhimento na escola.
A professora Mônica Saager, de Língua Portuguesa, destacou a importância da iniciativa: “Eu como professora e mãe, tento dar voz às minhas alunas através da escuta, cuidado e carinho. Via em algumas delas o receio de se expressar em uma sociedade preconceituosa com mulheres, principalmente as negras. A ideia foi trazer mulheres da comunidade que sofreram preconceito e fizeram disso sua força. Foi um momento especial, com muito conhecimento de vivências e empoderamento.”
A estudante Laís Pires Machado, da 1ª série do Ensino Médio, reforçou o impacto do encontro: “Eu acho tudo isso muito importante. Gostaria que esse tema fosse mais conversado, porque todo mundo fala sobre racismo, até professores, mas a real é que ninguém realmente sabe o que é. Eu fico triste porque nem pessoas negras se dão o valor pra tudo isso…”
A estudante Lavínia Teixeira dos Santos, também da 1ª série, relatou sua experiência: “Escutar a Thamires, a Feliciana e a tia Helena fez com que eu visse o mundo de outra forma. Representar Majú Coutinho foi especial; conhecer sua história me fez entender sua importância e valorizar ainda mais vozes que muitas vezes são esquecidas.”
Envie sua sugestão de pauta para:
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sedu
comunicacaosedu@sedu.es.gov.br
Cícero Giuri | cgbona@sedu.es.gov.br
(27) 3636-7888 / 3636-7707
Direto Notícias Imparcial, Transparente e Direto!