Com a chegada dos dias mais quentes, os pets ficam mais vulneráveis a uma série de problemas, que vão muito além do desconforto.
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Segundo o médico-veterinário Gleison Mota Ribeiro, do Hospital Veterinário Taquaral, em Campinas, São Paulo, altas temperaturas podem desencadear hipertermia, desidratação, queimaduras nas patas, problemas respiratórios — especialmente em raças braquicefálicas — e até exaustão.
Esses quadros são frequentes quando faltam cuidados básicos, por isso a principal orientação é reduzir a exposição ao sol, oferecer conforto e agir rapidamente diante de qualquer sinal de perigo.
Entre os riscos que exigem atenção estão:
- Hipertermia, condição grave que pode ser fatal;
- Desidratação, que compromete funções vitais;
- Queimaduras nas patas, especialmente ao caminhar em superfícies muito quentes;
- Exaustão por calor, geralmente associada aos fatores acima.
Para identificar precocemente quando algo não vai bem, Ribeiro destaca alguns sinais que devem acender um alerta imediato:
- Respiração ofegante intensa;
- Salivação excessiva;
- Língua muito avermelhada;
- Vômitos ou diarreia;
- Fraqueza, desorientação ou tremores;
- Temperatura corporal elevada;
- Nos casos mais graves, convulsões e perda de consciência.

O que fazer
Ao perceber qualquer desses sintomas, a orientação é interromper atividades, levar o animal a um local fresco e buscar atendimento veterinário — sem tentar soluções caseiras.
Para prevenir esses problemas, a hidratação deve ser prioridade. Espalhar bebedouros pela casa, manter a água sempre limpa e oferecer cubos de gelo para cães podem estimular o consumo.
Felinos costumam preferir fontes ou recipientes de cerâmica e vidro, desde que posicionados longe da caixa de areia.
A alimentação úmida, quando recomendada pelo médico-veterinário, também ajuda no aporte hídrico.
O ambiente interno precisa ser arejado e seguro, com janelas teladas e boa circulação de ar.
Ventiladores podem ser usados com cuidado, e o ar-condicionado é bem-vindo quando mantido entre 22°C e 26°C, desde que o animal possa circular livremente e tenha água disponível.
Tapetes gelados, pisos cerâmicos e mantas térmicas ajudam a manter o corpo mais fresco.
E os passeios devem ser feitos preferencialmente antes das 9h ou após as 18h.
O teste do dorso da mão no asfalto indica se a superfície está segura: se queima para você, também queimará as patas do animal.
Em locais de forte incidência solar, é essencial buscar sombra, oferecer água e reduzir o tempo de permanência ao ar livre.

Raças que precisam de atenção
Raças braquicefálicas, como pugs, buldogues e persas, merecem atenção redobrada, já que apresentam vias aéreas estreitas e maior risco de superaquecimento.
Nesses casos, o ideal é evitar qualquer esforço em horários quentes, manter o peso adequado e interromper atividades ao primeiro sinal de cansaço ou dificuldade respiratória.
Para os gatos, que buscam naturalmente superfícies frias e locais elevados, é possível criar refúgios mais frescos com camas em áreas arejadas, mantas geladas e caixas bem ventiladas.
Prateleiras e móveis altos com boa circulação de ar também ajudam os felinos a alternar posições e escolher o lugar mais confortável durante o calor.
FAQ sobre como manter os pets confortáveis nos dias quentes
Como sei se o animal está apenas cansado ou em risco real?
Cansaço normal pode surgir após esforço, mas sem sinais intensos como salivação exagerada, convulsões, tremores ou desorientação. Se o animal se recupera rápido é provável que tenha apenas se esforçado demais.
Devo sempre usar ar-condicionado?
Não é obrigatório usar aparelho, desde que o local tenha boa ventilação e temperaturas que deixem o animal confortável. Janelas abertas com telas podem funcionar muito bem.
O que fazer se o meu cão ou gato já mostra sintomas leves de superaquecimento?
Se há respiração muito ofegante, vômitos ou diarreia, é hora de interromper qualquer atividade imediatamente, levar o animal para um lugar fresco, oferecer água e buscar atendimento veterinário.
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