Na madrugada de 5 de abril, um ataque brutal abalou a cidade de Pokrovsk, na região de Donetsk, Ucrânia. O alvo? O escritório da renomada organização humanitária, Médicos Sem Fronteiras (MSF). O resultado? Uma construção completamente destruída e cinco vítimas inocentes, incluindo um membro da equipe de segurança da MSF.
Em resumo, este ataque não é apenas mais uma estatística da guerra. É um golpe direto contra os esforços humanitários que visam aliviar o sofrimento em meio ao caos. Vincenzo Porpiglia, coordenador de emergência da MSF na Ucrânia, expressa sua indignação: “Ataques a instalações onde profissionais humanitários trabalham não só colocam em risco a segurança da nossa equipe, mas também impedem a prestação de cuidados essenciais para as pessoas que mais precisam deles.”
Eduard Marchenko, profissional de segurança da MSF, estava no escritório no momento do ataque. Ele descreve o horror da experiência: “Eu estava na sala de estar quando a explosão me levantou e me arremessou no chão, como uma onda.” Marchenko sofreu uma contusão e uma lesão no crânio, mas está se recuperando. Outras quatro pessoas, incluindo um menino de 14 anos, também ficaram feridas, mas receberam atendimento médico e não precisaram ser hospitalizadas.
Força constante em Donetsk
A MSF tem sido uma força constante na região de Donetsk desde 2015, fornecendo assistência médica e psicológica a mais de 100 comunidades. No entanto, este ataque forçou a organização a suspender temporariamente suas atividades na região, com exceção do apoio a serviços de emergência e encaminhamento com ambulâncias.
O escritório em Pokrovsk não era apenas um escritório. Era uma farmácia, um centro logístico de equipamentos e veículos, e um símbolo de esperança para muitos. Agora, é um lembrete sombrio dos perigos que os trabalhadores humanitários enfrentam todos os dias.
Apesar dos desafios, a MSF permanece comprometida em fornecer assistência médica essencial em várias áreas da Ucrânia. Mas para continuar a fazer isso, é crucial garantir a segurança e a eficácia de suas operações.
Enfim, esse texto é uma chamada à ação. Ou seja, um apelo à humanidade para proteger aqueles que se dedicam a proteger os mais vulneráveis. E é um lembrete de que, mesmo em tempos de guerra, a dignidade e a compaixão devem prevalecer.
fonte: MSF