Nesta última terça-feira (30/04), a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou um amplo plano de reforma econômica proposto pelo presidente Javier Milei em uma votação geral.
Os legisladores também deram apoio a alguns artigos importantes do megaprojeto de lei, enquanto a votação dos detalhes do texto ainda está em andamento.
O projeto de lei, de iniciativa do governo Milei, que tenta atrair investimentos e a conter a inflação na Argentina, que ainda segue se recuperando de um crise após décadas de governos socialistas, será encaminhado ao Senado para aprovação.
Milei, que conquistou uma eleição surpreendente no ano passado prometendo recuperar o país, tem minoria no Congresso, mas ganhou o apoio de aliados na Câmara dos Deputados após meses de negociações e concessões sobre o pacote de reformas, que foi rejeitado em uma votação anterior em fevereiro no Senado.
“Apoiando este plano, Milei obtém legitimidade para governar”, afirmou a deputada conservadora Victoria Borrego aos jornais, referindo-se à capacidade do presidente de obter apoio político.
O pacote de reformas, que enfrentará uma oposição mais acirrada no Senado, concederia ao Executivo poder para reestruturar ou privatizar empresas e órgãos públicos, simplificar a burocracia para atrair investimentos e ajustar as regulamentações trabalhistas.
Pacote Fiscal
Por fim, os legisladores ainda terão que votar um pacote fiscal separado que aumentaria os impostos sobre os trabalhadores com altos rendimentos, uma proposta que encontrou forte oposição dos sindicatos locais, e reduziria drasticamente a taxa sobre os bens pessoais.
A Argentina enfrenta uma inflação anual próxima dos 300%, que Milei pretende reduzir por meio de medidas de rigorosas austeridade econômica, embora isso já traga impactado no consumo, na indústria e na atividade econômica. O foco do governo Milei é conter a inflação que corrói os rendimentos reais dos argentinos aumentando a pobreza no país.
fonte: Terça Livre