No dia 31 de julho é celebrado o Dia Internacional do SRD (sem raça definida). A data tem como finalidade aumentar a visibilidade dos milhares de cães e gatos sem raça definida – popularmente chamados de “vira-latas” – que estão em busca de um lar em todos os lugares do Brasil.
Segundo a Conferência Brasileira de Cinofilia (CBKC), cães e gatos SRD ocupam a primeira posição em popularidade e predominam nos lares brasileiros. E quem é tutor de um SRD pode confirmar: eles são uma excelente companhia para quem deseja conviver com um pet fascinante, divertido e muito carinhoso.
“Diferentemente dos pets com raça definida, os SRDs possuem características únicas que variam de indivíduo para indivíduo. Seu porte pode ser pequeno, médio ou grande, a pelagem e coloração de todos os tipos, assim como sua personalidade, o nível de sociabilidade e interação. Essa imprevisibilidade está relacionada à mistura de raças que pode existir em sua genética”, afirma Marina Macruz, médica-veterinária e supervisora de relacionamento científico da PremieRpet.
3 curiosidades sobre os pets SRD
- Os SRD são únicos! Ainda que os famosos “vira-latas caramelos” sejam vistos em todas as regiões do Brasil, dois pets sem raça definida nunca serão iguais. Os SRD podem apresentar diferentes características comportamentais e físicas. Por isso é tão comum encontrarmos animais de diferentes portes, cores e temperamentos.
- Os SRD podem ser classificados em categorias. Alguns consideram que os cães SRD podem ser divididos em quatro categorias: mestiços (traços característicos de uma ou duas raças), híbridos (mistura de duas raças puras), funcionais (cruzamento realizado para um propósito específico) e genérico (impossível definir a raça a qual descendem).
- Cães e gatos SRD não podem comer qualquer coisa. Assim como qualquer outro animal, o SRD não deve ser alimentado com refeições para humanos. As necessidades alimentares de cães e gatos são diferentes das pessoas e eles precisam de um alimento completo e balanceado para suprir a sua demanda de proteínas, gorduras, vitaminas e minerais. Além disso, muitos dos ingredientes utilizados para humanos podem ser tóxicos ao animal, como o alho, cebola, uva e chocolate.
Dicas para quem quer adotar um SRD
Adotar um cão ou gato SRD possibilita oferecer cuidados que ele talvez nunca tenha recebido até então, como abrigo, alimentação adequada, acompanhamento veterinário e, principalmente, muito carinho e amor.
Na hora da adoção, muitas pessoas optam pelos filhotes, por acreditarem que a adaptação à nova família será mais fácil. “Adultos e idosos são os últimos a serem escolhidos, porém, há inúmeras vantagens em adotar um SRD já adulto, quando suas características e temperamento estão mais definidos e sua adaptação pode ser facilitada”, explica Marina.
Evidenciar e esclarecer essas vantagens para aumentar os índices de adoção é o propósito do Projeto Adote Um Adulto, fruto de uma parceria entre o Instituto PremieRpet e da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Desde 2019, por meio de um perfil nas redes sociais, @projetoadoteumadulto, o projeto incentiva a adoção de cães adultos e idosos, compartilhando a história dos animais que aguardam um novo lar nas ONGs Amigo Animal, APATA, DNA Animal e MaxMello.
“Quem está interessado em ter um cão ou gato SRD em seu lar, deve ter em mente que é um compromisso para toda a vida. Os animais sentem dor, medo, saudade, alegria e tristeza, são parte da família e precisam de amor e cuidados”, aponta a especialista.