De acordo com informações divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo nesta quarta-feira (19), uma nova investigação realizada pela Polícia Federal desde o ano passado sugere que a defesa de Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada em Jair Bolsonaro em 2018, pode ter sido paga pela facção criminosa PCC.
A investigação aponta que um dos advogados de defesa de Adélio, Fernando Costa Oliveira Magalhães, teria recebido pagamentos de integrantes do PCC dois anos após o atentado contra o ex-presidente.
Pelo menos quatro indícios de pagamentos foram encontrados na nova investigação, incluindo pagamentos fracionados realizados em 2020 por pessoas supostamente ligadas à facção para uma empresa no nome do advogado. O advogado Magalhães negou qualquer envolvimento e disse que os repasses têm relação com a defesa de outros clientes, não de Adélio.
O grupo de troca de mensagens entre os advogados no aplicativo WeChat com o nome “Adélio PCC” também foi mencionado na investigação. Zanone Oliveira Junior, advogado que liderou a banca de defesa de Adélio, também participava do grupo e conversas no chat relatavam a preocupação com o fato de Magalhães ter atuado na defesa de membros do PCC.
As investigações anteriores concluíram que Adélio agiu sozinho no atentado, por insanidade mental, o que o levou a ser considerado inimputável e a cumprir medidas de segurança na penitenciária federal de Campo Grande (MS). A conclusão sempre foi questionada pela família do ex-presidente, que suspeitou que Adélio teria agido a mando de alguém.
A Defensoria Pública da União, que representa atualmente Adélio, afirmou que não foi notificada da nova investigação da PF.
fonte: Terça Livre