Lula, Privilégios e Responsabilidade Fiscal

Lula, Privilégios e Responsabilidade Fiscal

                Lula, Privilégios e Responsabilidade Fiscal
O governo, quando fundamentado em convicções sólidas e coerência, traz benefícios significativos para a sociedade. Um desses benefícios é a capacidade de dizer “não” a propostas que favorecem um grupo em detrimento do restante da população. No entanto, o governo Lula parece desorientado e desmoralizado, tornando-se vulnerável às doenças oportunísticas do corporativismo.

Um exemplo disso é a aprovação da chamada PEC do Quinquênio pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Essa proposta prevê um aumento automático de 5% nos salários a cada 5 anos para membros do Judiciário e do Ministério Público. O impacto estimado é de R$ 40 bilhões por ano, beneficiando classes que já estão entre as mais ricas do país.

Essa PEC é considerada uma “pauta bomba”, pois aumenta os gastos em um orçamento já deficitário. No entanto, falta ao governo a convicção necessária para desarmar essa bomba. O arcabouço fiscal estabelecido por Haddad, que deveria impor limites aos gastos, foi abandonado em menos de um ano. Além disso, as tímidas tentativas do Ministro da Fazenda em equilibrar as contas são constantemente desmoralizadas pelas declarações contraditórias do próprio presidente Lula.

Lula, contrariando Haddad, criticou recentemente a ideia de que o governo deve manter as contas em dia. Ele ironicamente afirmou que “tudo no Brasil é gasto” e que “a única coisa que parece investimento é o superávit primário”. Essa confusão conceitual é preocupante, especialmente quando contrastada com as declarações de seu principal ministro. Como acreditar nas promessas de Haddad de equilíbrio fiscal quando Lula insiste na política do “gasto é vida”? Essa postura é percebida como um convite à criação de novos privilégios, custando caro para toda a sociedade.

Lula Despreocupado

Além disso, Lula não se preocupa em transmitir uma imagem modesta da presidência. Os gastos com móveis novos para o Palácio da Alvorada, planos para a compra de um avião maior e a ostentação da primeira-dama revelam que o governo tem dinheiro sobrando. Como, então, o presidente pode exigir cortes quando vive em uma Corte endinheirada?

Por fim, poucos partidos defendem a responsabilidade com o dinheiro público. Alguns mandatários, desde vereadores até governadores, demonstraram que é possível fazer mais com menos. Portanto, é importante lembrar que não existe “dinheiro público” no abstrato; toda verba do governo provém do esforço concreto de trabalhadores e empreendedores brasileiros. Ignorar essa realidade contamina o orçamento com privilégios setoriais, prejudicando áreas essenciais como segurança, saúde, educação e infraestrutura.

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