PCES prende chefe do tráfico de drogas de bairros na Serra e apreende arsenal em operação em Cariacica

PCES prende chefe do tráfico de drogas de bairros na Serra e apreende arsenal em operação em Cariacica

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), deflagrou uma operação na última sexta-feira (13), e prendeu um homem de 41 anos apontado como o mandante de um duplo homicídio ocorrido no dia 16 de outubro de 2020, no bairro Porto Canoa, na Serra. Cinco pessoas já haviam sido detidas anteriormente, incluindo um advogado, e o preso era o único foragido do caso.

A ação ocorreu no bairro Planeta, em Cariacica, onde foram apreendidas seis armas de fogo – entre elas dois fuzis, 29 carregadores, 2.304 munições de diversos calibres –, além de um colete balístico, camisas com dizeres Polícia Civil e Poder Judiciário, um veículo e R$ 1.142,00 em espécie.

O resultado da ação foi apresentado em coletiva de imprensa, que ocorreu na tarde desta segunda-feira (16), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.

De acordo com o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Leonardo Damasceno, no âmbito do programa Estado Presente em Defesa da Vida, a estratégia principal é a captura de indivíduos que são relevantes para a criminalidade e para a redução da violência. “A prisão anunciada hoje pela Polícia Civil é um exemplo de operação qualificada, que retira de circulação um criminoso altamente perigoso. Este indivíduo é um fornecedor de armas para o crime, um traficante de destaque e um homicida com condenações anteriores. Em 2020, ele foi pronunciado por um homicídio e, mais recentemente, foi investigado como mandante de um duplo homicídio. A prisão dele, obtida através das investigações mais recentes, destaca a relevância de sua captura, removendo do meio um criminoso com um histórico violento significativo e uma alta periculosidade”, disse o secretário.

O delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), José Darcy Arruda, destacou a importância da colaboração entre diversas unidades e o uso avançado de tecnologia na recente operação. “A operação realizada foi orientada por uma colaboração estratégica entre o CIAT, a CORE, a DHPP, a SPE, e a Secretaria da Segurança Pública. O aspecto crucial foi a utilização das nossas ferramentas de inteligência, que proporcionam uma precisão notável na localização dos suspeitos e na realização das apreensões. Graças ao investimento de cerca de 40 milhões de reais em tecnologias avançadas, incluindo recursos de satélite, conseguimos localizar com exatidão nossos alvos e efetuar as prisões necessárias. Esse investimento em inteligência é fundamental para garantir operações eficazes e a apreensão de armamentos e munições de grande potencial, que demonstram a capacidade de enfrentar situações extremas”, afirmou Arruda.

O chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, informou que o detido, um indivíduo de 41 anos, tem um histórico criminal extenso. “Ele já tem condenação por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e tráfico de drogas. Era foragido desde 2020 e foi identificado como mandante de um duplo homicídio ocorrido em 16 de outubro de 2020, no bairro Porto Canoa, onde foram vítimas Lyson e Diego. O suspeito já foi pronunciado por esse crime e aguarda data para julgamento. Ele comandava o tráfico de drogas no bairro Eldorado e também em parte do Jardim de Moeda, na região conhecida como Copo Sujo.”

O delegado Rodrigo Sandi Mori detalhou a dinâmica do crime: “O detido havia determinado a execução de Lyson e Diego, que teriam participado de dois homicídios anteriores — um em 7 de julho de 2020, no bairro Jardim Limoeiro, e outro em 16 de setembro de 2020, na rodovia ES-010. Essas vítimas eram braços direitos no tráfico de drogas do detido. Em razão disso, ele se reuniu com um grupo de quatro executores e ordenou a morte dos dois. No dia do crime, o grupo criou um perfil falso para atrair as vítimas até o bairro Porto Canoa, onde foram executadas. Os executores foram presos durante a investigação, restando apenas o homem detido na operação, que era o único foragido, identificado como mandante do duplo homicídio.”

Além disso, um advogado e um enfermeiro também foram envolvidos. O advogado foi pronunciado por coação no curso do processo e associação criminosa. Apesar de ter sido preso, ele conseguiu a liberdade e será julgado posteriormente.

Um trabalho de inteligência realizado pela DHPP, CORE e CIAT levou à localização do suspeito que estava escondido em uma casa alugada no bairro Planeta, em Cariacica. Ao ser abordado pelos policiais, foram encontrados dois fuzis, um calibre 7.62 e outro 5.56, uma pistola calibre .45, uma pistola calibre .380, um revólver calibre .38, 2.304 munições de diversos calibres, 29 carregadores, uma carteira de habilitação falsa, dois celulares e R$ 1.142,00 em espécie.

Durante a abordagem, não ofereceu resistência e indicou onde estava o armamento e as munições. No interrogatório, ele optou por permanecer em silêncio e responder somente em juízo.

O delegado Rodrigo Sandi Mori mostrou preocupação crescente com o uso indevido de camisas com os dizeres de segurança por facções criminosas. “Essas camisas estão sendo utilizadas por facções para cometer crimes. São usados para invadir residências se passando por policiais, fazendo com que as vítimas, acreditando que estão sendo presas, sejam surpreendidas e executadas pelos criminosos”, disse.

A Polícia Civil está investigando se o detido, não apenas comandava o tráfico nas regiões de Eldorado e Jardim Limoeiro, mas também fornecia armas e munições para outros traficantes na Grande Vitória e no Estado. “A grande quantidade de armas e munições encontrada em sua residência foi uma surpresa, pois não sabíamos da extensão do seu arsenal. Encontramos dois fuzis, uma pistola, um revólver e 2.304 munições de diversos calibres, o que demonstra a capacidade de seu armamento”, relatou o chefe da DHPP da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.

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