Como o Ouribank otimizou custos de cloud com e-Core e AWS, na implementação de FinOps, apoiando a definição estratégica para produtos. | Cloud Computing

Como o Ouribank otimizou custos de cloud com e-Core e AWS, na implementação de FinOps, apoiando a definição estratégica para produtos. | Cloud Computing

Por Luis Eduardo dos Santos, Gustavo Dias Tortoza, Michelle Bittencourt Perez e Guilherme Castilho.

O cliente

Com mais de 40 anos no mercado, Ouribank é referência em câmbio e serviços financeiros. A história do Ouribank é marcada pela excelência no atendimento personalizado, refletindo seu compromisso em inovar, trazer eficiência e superar as expectativas dos clientes. Em 2023, a marca evoluiu para transformar fronteiras em novas possibilidades. O Banco Ourinvest, anunciou seu rebranding investindo em tecnologia e governança com propósito de expansão de negócios. Com mais de R$ 4,3 bilhões de ativos e R$ 800 milhões em receitas, o banco conta com mais de 600 correspondentes cambiais e já realizou mais de 2,5 milhões de operações de câmbio, atingindo um crescimento acumulado de 50% nos últimos anos, e tem investido significativamente em digitalização e inovação desde 2021.

O desafio

Durante o ano de 2023, o Ouribank passou por um crescimento exponencial, levando a um aumento de 147% nos custos de sua infraestrutura. Como uma instituição que realiza transações em diversas moedas, locais e internacionais, tornou-se crucial identificar os custos específicos associados a essas operações.

Em paralelo ao aumento das receitas, o banco também enfrentava um grande desafio: a falta de visibilidade clara sobre seus gastos na nuvem. Sem essa clareza, o aumento constante da infraestrutura, somado ao crescimento acelerado do banco, dificultava a avaliação do retorno sobre investimento (ROI) dos seus produtos, comprometendo a viabilidade financeira e o planejamento estratégico. Sem o controle adequado desses fatores, os custos poderiam continuar a crescer de maneira desafiadora.

“Em 2023, nossos custos com infraestrutura de cloud quadruplicaram e não tínhamos clareza sobre o que estava gerando esses gastos. Sabíamos que os custos eram elevados, mas não conseguíamos identificar as causas devido à falta de padronização de recursos e rastreamento de tags. Como consequência, não havia visibilidade suficiente para determinar o custo de cada produto e precificá-los de maneira adequada.” – Luis Eduardo do Santos, superintendente de TI no Ouribank.

A solução

Para enfrentar os desafios de visibilidade e controle de custos, a liderança percebeu que seria necessário investir em uma área dedicada ao tema. Para apoiar nessa jornada contrataram um especialista que ficou responsável por implementar as áreas de FinOps e a e-Core para impulsionar as ações e disseminar boas práticas para outras áreas.

Em um primeiro momento, foi feito um assessment detalhado do nível de maturidade em FinOps pela e-Core, analisando os custos operacionais do Ouribank na AWS, identificando desperdícios e oportunidades de melhor uso dos recursos para uma operação mais eficiente. Após esse processo, foi criado um roadmap baseado no framework do FinOps.org e as implementações puderam ser divididas em quatro categorias:

1- Classificação e controle de custos

Foi criada uma revisão da taxonomia de tags que foi implementada para aproximadamente 92% dos recursos. Dessa forma, foi possível identificar quais eram os produtos com maior volume de uso e quais os responsáveis para tratar de otimização em uma segunda fase do projeto.

Também foram implementados alertas de anomalia diários e de budget para as principais contas de produtos. Assim, foi possível dar maior previsibilidade dos gastos e evitar desperdícios exponenciais.

2- Otimização, contratação de Saving Plans (SP) e Reservas de Instâncias (RI)

Como primeiro passo para otimização dos recursos, o Ouribank começou por onde teria maior impacto de custo e menor impacto operacional. Seguiu pelos chamados “Quick Wins”, que envolveram desligar recursos ociosos. Para os ambientes de desenvolvimento e homologação, foi criada uma automação para desligar os workloads fora do horário comercial, alterando também o (Amazon ECS) AWS Fargate de “on demand” para “spot”.

Outro ‘Quick Win’ foi a redução de recursos superdimensionados. Utilizando o AWS Cost Optimization Hub foi possível identificar esses recursos e aplicar a mesma estratégia de priorização para ajustes rápidos e eficientes.

No Amazon S3, foram implementadas políticas de lifecycle para gerenciar o ciclo de vida dos dados, permitindo a transferência automática de arquivos menos acessados para o Amazon S3 Glacier ou a exclusão após o período de retenção configurado. Essa abordagem estratégica garantiu uma gestão mais eficiente dos dados e resultou em uma redução significativa nos custos de armazenamento, alinhando o uso de recursos à real necessidade do negócio.

Além disso, foi iniciada a atualização dos volumes Amazon EBS para GP3, ajustando a alocação de IOPS conforme as necessidades reais de cada workload, o que trouxe aumento na performance e economia nos custos de armazenamento. Após eliminar recursos superdimensionados do ambiente foram realizados Savings Plans e Reserved Instances para obter preços mais competitivos de recursos necessários a médio prazo para o Ouribank.

3- Criação de KPIs e disseminação da cultura

Após as duas primeiras fases, foram criados os seguintes KPIs para garantir maior nível de eficiência:

Aliada a essa ação, houve um alinhamento entre as lideranças da instituição financeira e foi definida uma estratégia de adoção de boas práticas de FinOps. Também foi realizado um workshop para toda a área de tecnologia pela e-Core para capacitação da equipe.

4- Resultados

  • Aumento da disponibilidade e capacidade de processamento em 18%;
  • Otimização de custos na nuvem em 60%;
  • Maior visibilidade e previsibilidade dos gastos para as squads de engenharia de produto e da camada executiva;
  • Implementação de tags: de zero para 94% de cobertura de recursos tagueados, permitindo uma melhor rastreabilidade e controle de custos;
  • Maior eficiência e transparência operacional com estabelecimento de KPIs como a cobertura de 70% para Saving Plans e uso de 100% de instâncias Spot do Amazon EC2 nos ambientes DEV e QA;
  • Acompanhamento constante e eficaz do orçamento;
  • Fortalecimento da cultura de FinOps.

“Hoje, temos previsibilidade dos nossos custos e um mapeamento claro das necessidades, o que nos dá muito mais tranquilidade para trabalhar. Em menos de um ano, as diretorias ganharam mais segurança para alocar investimentos, enquanto o banco continua crescendo. Implantamos uma cultura de FinOps que evita surpresas negativas, e conseguimos até agora evitar um custo adicional significativo, que pode chegar a até US$ 1 milhão ao final de 2024. O processo conduzido pela e-Core nos ajuda a atingir os indicadores financeiros estratégicos para o banco” – Gustavo Tortoza, FinOps specialist no Ouribank.

Conclusão

A adoção do FinOps pelo Ouribank, com o apoio da e-Core, trouxe uma otimização significativa dos custos em Cloud, além de proporcionar maior transparência e clareza sobre os gastos com a nuvem. Isso permitiu maior previsibilidade para realizar um melhor planejamento de investimentos, garantindo o uso inteligente dos recursos permitindo ao Ouribank precificar seus serviços e calcular o ROI de forma mais precisa.

A implementação dessas práticas também possibilitou a disseminação de uma cultura FinOps, fazendo com que as áreas pudessem entender melhor seus custos e fazer investimentos mais assertivos. Desse modo, a TI agora consegue apoiar o banco tanto do ponto de vista técnico quanto de negócio, trazendo informações que impactam o dia a dia das equipes e assim ajudam o crescimento do Ouribank.

O sucesso do projeto foi resultado da colaboração entre os times da AWS, e-Core e Ouribank. Enquanto o nosso time olhava para o negócio, a e-Core desempenhou um papel fundamental para ajudar a entender tecnicamente o que precisava ser feito. Essa parceria permitiu a criação de ferramentas que trouxeram mais visibilidade dos custos diários, além da implementação de alertas de anomalias, permitindo ações rápidas diante de variações significativas. Isso resultou em maior controle financeiro e na capacidade de precificar nossos produtos de maneira mais competitiva — o que é fundamental para o nosso crescimento.” Luis Eduardo do Santos, superintendente de TI no Ouribank.

Assim, com processos mais eficientes e responsabilidades bem definidas, o banco agora consegue alinhar seus investimentos de forma mais estratégica aos objetivos de negócio.

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