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Donald Trump diz que é “uma necessidade absoluta” que o nosso país seja dono da Gronelândia.
Ele diz que os EUA deveriam retomar o Canal do Panamá, a menos que as “ridículas” taxas de transporte fossem reduzidas.
Ele ameaçou que qualquer republicano que se opusesse a ele no projeto de lei para evitar uma paralisação do governo poderia e deveria ser aprovado nas primárias.
O presidente eleito está a ganhar a reputação de perturbador, com influência suficiente sobre o que é hoje o seu partido para fazer explodir compromissos bipartidários cuidadosamente negociados. Vejamos cada um deles.
COMO O PRESIDENTE ELEITO TRUMP PODERIA REALIZAR ‘O NEGÓCIO DO SÉCULO’ AO ENTRAR NO CARGO
Trump tentou no seu primeiro mandato comprar a Gronelândia, que é controlada pela Dinamarca, mas sob governo interno. Isso não deu em nada, embora tenha criado uma crise diplomática com as autoridades dinamarquesas.
Embora os EUA tenham construído o Canal do Panamá no início do século XX, este foi entregue ao Panamá ao abrigo de um tratado aprovado por ambos os países. O presidente panamenho, José Raul Mulino, disse que “cada metro quadrado do Canal do Panamá e sua zona adjacente é do Panamá e continuará a sê-lo. A soberania e a independência do nosso país não são negociáveis”.
Isso não impediu Trump de postar uma imagem de IA de uma bandeira americana hasteada sobre um canal que se presume ser o canal.
O novo presidente certamente demonstrou a capacidade de criar desafios primários para aqueles que o contrariam. Mas três dúzias de republicanos conservadores votaram contra ele no projeto de lei de paralisação do governo, incluindo a aprovação final, que retirou a sua exigência de eliminação do teto da dívida durante o seu mandato. Ele realmente iniciaria primárias contra todos eles?
Portanto, a esmagadora probabilidade é que o estatuto da Gronelândia, do Canal do Panamá e dos republicanos rebeldes não mude no segundo mandato.
A razão pela qual Trump faz isto é que isso reforça o seu papel como perturbador, alguém que enfrenta o decrépito establishment de Washington, apesar de um presidente, por definição, ser o novo establishment.
O presidente eleito Trump aponta ao falar no AmericaFest, domingo, 22 de dezembro de 2024, em Phoenix. (Foto AP/Rick Scuteri)
Além disso, quer faça exigências ultrajantes ou não, Trump molda, e muitas vezes domina, a agenda noticiosa. Como o 47º presidente me reconheceu, por vezes ultrapassa os limites porque sabe que isso provocará uma forte reacção mediática. Na opinião de Trump, mesmo a cobertura negativa é uma boa cobertura porque a imprensa está a jogar no seu território.
E por vezes estas são apenas posições de negociação para ganhar concessões, como acontece com as ameaças de tarifas de 25% contra o Canadá e o México.
Lembre-se, a maioria das pessoas fora do complexo político-mídia não está acompanhando com dificuldade esses desenvolvimentos. Como o governo não fechou realmente, eles não veem como um revés para Trump o fato de ele não ter conseguido a maior parte do que queria. Provavelmente não se lembram de que ele tentou comprar a Groenlândia antes.
O que Trump claramente tem o poder de fazer é explodir acordos bipartidários cuidadosamente elaborados. Ele fez isso depois do presidente da Câmara Mike Johnson, R-La. – cujo próprio futuro está em dúvida porque, tal como Kevin McCarthy antes dele, não teve votos – deixou o projecto de lei crescer e transformar-se numa monstruosidade de árvore de Natal.
E fê-lo durante a campanha, quando ambas as partes chegaram a acordo sobre um duro acordo de fiscalização das fronteiras, que foi depois destruído pelas objecções de Trump.
Mas há claramente limites à capacidade de Trump de moldar os acontecimentos, especialmente no país. O facto de três dúzias de republicanos o terem desafiado numa questão tão fundamental como o limite máximo da dívida mostra que ele só pode levar o seu partido até certo ponto.
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A deputada Nancy Mace, RS.C., uma apoiante de Trump que votou contra ele na aprovação final, disse-me no “Media Buzz” de domingo que era porque queria manter o limite máximo da dívida.
Mas com o Partido Republicano agarrado a uma margem de 1 voto na Câmara, por enquanto, o caldeirão da retórica de campanha está a esbarrar na matemática fria e difícil de chegar ao número 218.
Os democratas têm de se perguntar se vale a pena negociar com o outro partido se estão apenas a criar um alvo para o derby de demolição de Trump.
Foi Elon Musk quem primeiro tuitou sobre o quão ruim era o projeto de lei original – por sugestão de Trump – e depois de mais de 70 tuítes (incluindo algumas falsidades), o novo presidente foi atraído para a luta.
Elon Musk fala com o ex-presidente Trump durante um evento de campanha, 5 de outubro de 2024, em Butler, Pensilvânia. (Jabin Botsford/The Washington Post via Getty Images)
No fim de semana, Trump negou ter rendido seus poderes presidenciais ao seu amigo bilionário e, meio zombeteiro, disse que Musk nunca poderia ser presidente:
“Você sabe por quê? Ele não nasceu neste país. Hahaha.”
Um jogo favorito da mídia é se os dois homens obstinados acabarão se desentendendo.
Por agora, porém, o discurso duro de Trump sobre a Gronelândia e o Canal do Panamá mostra que ele se sente mais confortável em jogar no ataque, mesmo que não resulte nada de especial.
Em outras notícias:
–O relatório de Ética da Câmara diz que Matt Gaetz pagava “regularmente” mulheres para fazer sexo, inclusive com uma menor de idade, e usava drogas ilegais.
Em 2017, o ex-procurador-geral indicado “se envolveu em atividade sexual com uma menina de 17 anos”, que também foi remunerada.
Gaetz usou ou teve posse de drogas ilegais como cocaína e ecstasy “em diversas ocasiões” e também aceitou presentes lucrativos, como transporte e hospedagem nas Bahamas.
“Muitas das mulheres entrevistadas pelo comité deixaram claro que havia uma expectativa geral de sexo”, com uma mulher a dizer ao comité que Gaetz lhe pagou mais de 5.000 dólares e que o sexo estava envolvido “99% das vezes”.
O painel disse que Gaetz “não cooperou” e que “procurou, consciente e deliberadamente, impedir e obstruir a investigação do comitê sobre sua conduta”. O Departamento de Justiça investigou, mas não apresentou acusações.
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Gaetz também utilizou indevidamente os recursos da Câmara quando fez com que o seu chefe de gabinete “ajudasse uma mulher com quem ele se envolveu em atividades sexuais na obtenção de um passaporte, indicando falsamente ao Departamento de Estado dos EUA que ela era constituinte…
“Houve evidências substanciais de que o deputado Gaetz violou as regras da Câmara, leis estaduais e federais e outros padrões de conduta que proíbem a prostituição, o estupro, o uso de drogas ilícitas, a aceitação de presentes inadmissíveis, a concessão de favores e privilégios especiais e a obstrução do Congresso. “
Se Gaetz ainda estivesse concorrendo para AG, isso o teria tirado da água.
Diz Gaetz: “Fui acusado de nada: TOTALMENTE EXONERADO. Nem mesmo uma violação de financiamento de campanha. E as pessoas que me investigaram me odiaram. Então, as mesmas ‘testemunhas’ que o DOJ considerou não confiáveis foram reunidas pela House Ethics para repetir suas reivindicações ausente qualquer interrogatório ou desafio meu ou de meus advogados, nunca tive chance de confrontar nenhum acusador. Nunca fui processado. Ele diz que até enviou dinheiro para mulheres com quem não namorava.
-Um repórter obstinado do Dallas Express descobriu o que aconteceu com a deputada texana Kay Granger, que “desapareceu” meses atrás. Ele a encontrou e obteve confirmação registrada em uma enfermaria especializada em demência e outros problemas de memória. Ela fez uma declaração sobre os desafios de saúde que não entendeu nada: Como ela poderia não contar isso aos seus eleitores? Por que ela insistiu em esconder isso? Teria havido uma enorme simpatia por ela. Em vez disso, a congressista manteve tudo em segredo.
–A atriz Blake Lively foi alvo de uma campanha de difamação on-line, conforme estabelecido em textos e e-mails que discutem abertamente o plantio de histórias para arruinar sua reputação, ao mesmo tempo em que alerta que isso deve permanecer secreto porque eles não podem admitir muito bem que estão tentando para “enterrá-la”. “Você sabe que podemos enterrar qualquer um.”
Justin Baldoni e Blake Livel (David Buchan/Variety/Penske Media via Getty Images | Lia Toby/Getty Images)
Lively obteve esses documentos por meio de ação legal contra seu co-estrela e diretor, Justin Baldoni, e revisados pelo New York Times. Ela está alegando assédio sexual, dizendo que Baldoni e outras pessoas costumavam entrar em seu trailer sem avisar quando ela estava de topless, como para remover a maquiagem do corpo ou para amamentar.
O estúdio Wayfarer disse que a empresa e seu pessoal de relações públicas “não fizeram nada de proativo ou retaliatório” contra a atriz, acusando-a de “outra tentativa desesperada de ‘consertar’ sua reputação negativa”.
Lively diz que Baldoni tentou adicionar cenas de sexo desnecessárias, improvisou beijos indesejados e discutiu sua vida sexual, incluindo casos em que pode não ter obtido consentimento. Outro membro da equipe mostrou a ela um vídeo de sua esposa nua.
O triste é que esse tipo de coisa acontece o tempo todo. Desta vez, conseguimos a mercadoria, com Lively sendo retratada como difícil, surda e valentona.
–O Daily Mail informou que Jeff Bezos iria se casar com sua noiva Lauren Sanchez neste fim de semana em uma extravagância de US$ 600 milhões em Aspen.
O fundador da Amazon, dono do Washington Post, diz que isso é uma besteira:
“Essa coisa toda é completamente falsa – nada disso está acontecendo…
“O velho ditado ‘não acredite em tudo que você lê’ é ainda mais verdadeiro hoje do que nunca. Agora as mentiras podem se espalhar por todo o mundo antes que a verdade possa vestir as calças. Portanto, tomem cuidado, pessoal e não seja ingênuo.”
Bom para Jeff por revidar contra uma história ruim.
Howard Kurtz é o apresentador do canal FOX News MediaBuzz (Domingos, das 11h às 12h horário do leste dos EUA). Baseado em Washington, DC, ele ingressou na rede em julho de 2013 e aparece regularmente no Reportagem especial com Bret Baier e outros programas.
