Corrigir o comportamento do seu gato é fundamental para o bem-estar dele

Corrigir o comportamento do seu gato é fundamental para o bem-estar dele

O momento oportuno para indicar ao seu gato uma conduta inadequada ou indesejada é logo após a execução da mesma. No entanto, tão importante quanto saber quando corrigir um gato é entender como fazê-lo da maneira correta. Nesse sentido, você deve ter claro que a correção só tem um propósito educativo quando se limita a sinalizar, por meio de palavras ou gestos, uma conduta ou ação que seja perigosa ou destrutiva, seja para você, para sua casa ou para o próprio felino. Assim, corrigir um gato jamais deve envolver a privação de suas liberdades básicas, tampouco a exposição a qualquer tipo de violência ou humilhação.

Quando punir um gato?

Antes de saber como corrigir um gato quando ele morde ou se comporta mal, é necessário entender que essa ação corretiva só surtirá o efeito desejado quando realizada imediatamente após a prática da conduta inadequada. Assim, se você deseja mostrar ao seu gato que morder não é um comportamento aceitável durante uma sessão de brincadeiras, deve indicá-lo imediatamente após a mordida. Dessa forma, você garante que o seu gato possa associar sua reação ao comportamento que você está tentando corrigir (morder durante a brincadeira, neste caso).

O uso do castigo positivo em gatos e cães está cada vez mais desaconselhado (Foto: Reprodução)

Se você repreender seu gato por uma conduta que ocorreu vários minutos ou até horas antes, ele não conseguirá entender o motivo da repreensão. Como consequência, seu comportamento só gerará confusão, estresse ou até medo. E se essa situação se repetir diariamente, o mais provável é que seu gato acabe desenvolvendo medo de você, o que prejudicará o vínculo entre vocês e dificultará o processo educativo.

Quando NÃO corrigir um gato?

É importante esclarecer que o uso de repreensão e qualquer tipo de correção não é eficaz nem aconselhável para inibir comportamentos instintivos dos gatos. Essas condutas são inerentes à natureza felina e desempenham um papel crucial na comunicação dos gatos, de modo que tentar eliminá-las seria uma violação de suas liberdades básicas.

Da mesma forma, comportamentos relacionados ao desejo sexual, como marcação, monta e fuga, podem ser atenuados por meio de uma castração precoce.

Tipos de punição em gatos

Em primeiro lugar, é importante esclarecer que o termo “castigo” tem um significado específico — e distinto da concepção popular — dentro do adestramento felino e canino. Geralmente, as pessoas tendem a associar o ato de castigar a expor um indivíduo a estímulos ou circunstâncias desagradáveis, ou até mesmo dolorosas. Se reduzíssemos o conceito de “castigo” a esse entendimento, é evidente que não haveria uma metodologia correta ou aceitável de como castigar um gato quando ele se comporta mal. Isso porque expor um animal, independentemente de sua espécie, a esse tipo de contexto negativo tem um efeito contraproducente na sua educação e na sua saúde física e mental.

O momento oportuno para indicar ao seu gato uma conduta inadequada ou indesejada é logo após a execução da mesma (Foto: Reprodução)

No entanto, no universo do adestramento, existem diferentes tipos de castigos em gatos, que se subdividem em dois grandes grupos:

  • Castigo positivo: consiste em adicionar um estímulo desagradável ou aversivo ao ambiente do gato. Por exemplo, gritar com ele, bater nele ou trancá-lo depois que ele tenha feito algo que se considera “errado”. Portanto, esse tipo de castigo em gatos é o que mais se assemelha à concepção comum de castigar.
  • Castigo negativo: sua aplicação pressupõe eliminar do ambiente do gato um estímulo agradável ou prazeroso. Por exemplo, interromper imediatamente uma sessão de brincadeiras quando seu gato te morde, com o objetivo de mostrar-lhe que, ao morder, ele será privado de algo que lhe traz prazer (a brincadeira, nesse caso).

O uso do castigo positivo em gatos e cães está cada vez mais desaconselhado, pois implica expô-los a emoções negativas, como medo e estresse, que afetam muito negativamente sua saúde, comportamento e o vínculo com seus tutores. No entanto, o uso adequado do castigo negativo pode ser necessário em certas situações. Por exemplo, se percebemos que um gato está prestes a ingerir algum alimento ou planta tóxica para ele, ou se está mastigando um cabo que conduz eletricidade, é evidente que devemos agir rapidamente para privá-lo desse estímulo e, assim, prevenir danos à sua integridade. Logicamente, a chave está em saber como fazer isso da maneira correta, sem ferir o gato ou gerar uma reação negativa que possa ser tão perigosa quanto a ação que desejamos evitar.

Fonte: Perito Animal,

FAQ

Qual o melhor momento para repreender meu gato?

O momento oportuno para indicar ao seu gato uma conduta inadequada ou indesejada é logo após a execução da mesma.

Existe apenas uma maneira de repreender meu gato?

No universo do adestramento, existem diferentes tipos de castigos em gatos, que se subdividem em dois grandes grupos, sendo o castigo positivo e o castigo negativo.

Toda ação que não gostamos deve ser repreendida?

O uso de repreensão e qualquer tipo de correção não é eficaz nem aconselhável para inibir comportamentos instintivos dos gatos. Essas condutas são inerentes à natureza felina e desempenham um papel crucial na comunicação dos gatos, de modo que tentar eliminá-las seria uma violação de suas liberdades básicas.


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