A Meta eliminou a checagem independente de fatos: o que está por trás disso?

A Meta eliminou a checagem independente de fatos: o que está por trás disso?

Mark anunciou na última terça-feira que a Meta está abandonando o uso de checagem independente de fatos no Facebook e no Instagram.

A checagem de fatos conduzida por especialistas e jornalistas nas plataformas será substituída por “notas da comunidade”, um sistema aberto aos usuários, em um modelo bem semelhante ao que já ocorre na plataforma X, de Elon Musk.

O anúncio foi muito mais um marco de posicionamento político do que uma decisão puramente de gestão. “As eleições mais recentes parecem sinalizar um ponto de virada cultural para, mais uma vez, dar prioridade à liberdade de expressão”, disse Mark, em vídeo.

A Meta – e seu presidente-executivo – já foram chamados de “inimigos do povo” por Trump, em março de 2024, em meio a críticas sobre como a plataforma moderava conteúdos.

Mas ao que tudo indica, e os sinais são realmente fortes, a turbulência da relação Zuckerberg-Trump chegou ao fim.

De lá para cá eles jantaram juntos na casa de Trump na Flórida, a Meta repassou US$ 1 milhão para um fundo que financiará o evento de posse de Trump, e – mais um nome importante nesse enredo – Dana White foi anunciado conselheiro administrativo da Meta. Dana e Trump são aliados de longa data.

Os impactos dessa decisão no Brasil e no Mundo

A decisão da Meta de substituir a checagem independente de fatos por “notas da comunidade” causa um impacto profundo na forma como as informações serão classificadas, em escala global.

A empresa fez uma aposta alta no que chama de “liberdade de expressão e anti-censura”, mas com isso corre o risco de amplificar a disseminação de desinformação, especialmente em contextos politicamente sensíveis ou onde a alfabetização midiática é limitada.

Fofoca da “Rádio Corredor da Meta”

O anúncio de Mark deixou alguns funcionários da Meta insatisfeitos. E eles fizeram questão de declarar isso em um fórum interno de colaboradores, criticando a decisão da empresa de encerrar a verificação de fatos por terceiros em seus serviços, apenas duas semanas antes da posse do presidente eleito Donald Trump. As informações são do canal norte-americano CNBC.

Entre as manifestações, segundo a CNBC, os colaboradores da Meta demonstraram preocupação com a mensagem que a empresa parece estar enviando ao acabar com a verificação de fatos.

Em contrapartida às críticas, alguns funcionários apoiaram a decisão de acabar com a verificação de fatos por terceiros, elogiando o sistema de notas comunitárias do X (ex-Twitter) como uma representação mais precisa da verdade.
 

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