Após o recente ataque de uma onça a um funcionário de um pesqueiro em Aquidauana (MS), entidades de conservação e pesquisa da fauna silvestre intensificaram a campanha de conscientização contra a prática da “ceva” – o ato de oferecer alimentos a animais selvagens. O projeto Onças do Iguaçu publicou um texto nas redes sociais que viralizou entre especialistas e instituições, como o Cenap/ICMBio, reforçando os riscos desse comportamento humano.
“Onde tem onça, tem vida. Tudo o que a onça quer é ser onça: caçar suas presas, ter seus filhotes, viver em paz em seu ambiente. Não são más… não são cruéis. São carnívoros, que caçam para sobreviver”, destacou a publicação. O alerta é claro: alimentar onças altera seus instintos naturais de caça, gera dependência do ser humano e aumenta a chance de conflitos.

O caso do ataque reacendeu temores em relação à presença desses felinos próximos a áreas habitadas e turísticas. As entidades explicam que, ao oferecer comida a esses animais, o ser humano quebra o equilíbrio natural e transforma o predador em um risco potencial. “Uma onça que vive na natureza e é acostumada com ‘ceva’, na verdade vive em cativeiro, com cercas invisíveis”, afirma o projeto Onças do Iguaçu.
A campanha finaliza com um apelo ao respeito à natureza e à distância segura: “Deixemos as onças serem onças”, clamam. O texto pede que as atitudes humanas reflitam conhecimento e cuidado, e não ignorância, para que os olhos dourados das onças possam continuar brilhando nas matas, livres e selvagens, sem representarem perigo a ninguém.
Fonte: Campo Grande News,
FAQ – Alimentação de Onças Silvestres e Seus Riscos
1. O que é a prática da “ceva” e por que ela é considerada perigosa?
A “ceva” é o ato de oferecer alimentos a animais silvestres, como as onças. Essa prática é perigosa porque altera o comportamento natural dos felinos, tornando-os dependentes dos humanos, o que pode aumentar os riscos de ataques e conflitos com pessoas.
2. Qual foi o motivo do alerta das entidades de conservação?
O alerta foi intensificado após o ataque de uma onça a um funcionário de um pesqueiro em Aquidauana (MS). Entidades como o projeto Onças do Iguaçu e o Cenap/ICMBio destacaram que alimentar onças interfere em seu instinto de caça e coloca tanto os animais quanto os humanos em risco.
3. O que as entidades recomendam para evitar conflitos com onças?
As entidades recomendam manter distância segura dos felinos e nunca oferecer alimentos. A orientação é permitir que as onças mantenham seu comportamento natural e vivam livres em seu habitat, sem interferência humana.
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