A origem do nome Brasil

A origem do nome Brasil

                Não há prova documental sobre o que falam de pau-Brasil e outras mentiras sem fundamento. O nome Brasil vem antes da existência de Portugal. Brasil como mostrado em relação à Irlanda em um mapa de Abraham Ortelius – 1572
O nome Brasil só poderia ter chegado aos portugueses a partir do lendário nome celta aplicado às “ilhas dos abençoados”, o lugar chamado Tír na nÓg da terra do sol poente, que o camponês de Galway e Mayo ainda vê no pôr do sol, assim como os viajantes galegos e lusitanos. No tempo de Cabral, os navegantes sonhavam com isso antes de seus olhos realmente caíssem nos picos de Porto Seguro, Bahia, emergindo das ondas ocidentais.

Um manuscrito da Biblioteca Nacional da Irlanda escrito por Roger Casement durante seu tempo como cônsul britânico em Belém do Pará, na foz do Amazonas, em algum momento entre 1907 e 1908, apresenta um argumento de que as origens do nome Brasil derivam do mítico Hy-Brassil. Essa ilha imaginária, localizada a oeste da Irlanda, é descrita de várias maneiras como uma “terra prometida”, a ilha dos abençoadosTír na nÓg – a terra do sol poente e mencionada nas viagens de São Brandão. Ao defender essa raiz, Casement estava em consonância com os estudos históricos irlandeses da época. Ele acreditava que Hy-Brassil era um nome derivado das lendas da costa atlântica, com origens céltico-ibéricas remontando a “Atlantis e à terra mãe submersa dos primeiros irlandeses, ibéricos e possivelmente fenícios”.

A palavra Brasil, inclusive como nome e sobrenome, é comum tanto na Irlanda quanto em Portugal e até nos EUA. Basta consultar um site de genealogia para ver isso. A palavra Brasil também existe como nome próprio de lugares irlandeses: Clanbrassil, por exemplo, que é a cidade do famoso Conde de Clanbrassil. O nome “Brazil”, em numerosas variações ortográficas, pode ser encontrado em vários manuscritos antigos irlandeses. “Breasail” é o nome usado para um semideus pagão na história de Galway, de Hardiman. Mas a origem que possui mais documentos comprobatórios está ligada a São Brandão, que viajou para uma ilha com São Malo, São Machutus, São Barrindus, São Mochoemoc, São Maclovius e outros santos e monges irlandeses por volta de 480 ou 500, e essa ilha era chamada de Bresal.

Se você ampliar a imagem, verá uma ilha à oeste da Irlanda a mítica ilha BRAZIL. Imagem de 1583 do cartógrafo Lucas Janszoon Waghenaer (1534 – 1606).

Navigatio Sancti Brendani

São Brandão, também conhecido como São Brandão de Clonfert, o Navegador, foi um monge irlandês do século VI conhecido por suas viagens e relatos. Ele abraçou a vida monacal e tornou-se abade, tendo sido ordenado pelo bispo Erc, em 512. Após a ordenação, iniciou um percurso que faria dele um dos mais conhecidos santos da Irlanda. Faleceu no ano de 577 em Annaghdown (então Eunachdunne), condado de Galway, Irlanda, e foi enterrado na abadia de Clonfert, no mesmo condado. A sua celebridade foi tal que diversos pontos da costa ocidental irlandesa receberam topónimos em sua honra (Brandon Point, Brandon Bay e Brandon Head, entre outros). O livro Navigatio Sancti Brendani (A Viagem de São Brandão) é um importante texto medieval datado do século VIII e escrito na Irlanda. Um livro de grande influência, amplamente conhecido e adaptado em vários idiomas em toda a Europa. Sendo a obra considerada como precursora das viagens ao Novo Mundo (como eram conhecidas as Américas) durante a Era das Descobertas.

A história do livro conta como São Brandão (c. 484 – c. 577), um importante abade irlandês do século VI, é chamado a fazer uma viagem à Terra Prometida dos Santos, que, segundo o texto, estava no Oceano Atlântico a oeste da Irlanda. O monge é acompanhado por uma tripulação de monges em sua viagem, que se prolonga por vários anos. O santo e seus companheiros devem vencer as tentações antes de chegar ao destino abençoado. No caminho, São Brandão visita o que são quase certamente as Ilhas Faroé, um arquipélago de 18 ilhas, no Atlântico Norte, encontra monges e eremitas, passa por uma ilha demoníaca, celebra a Páscoa nas costas de uma baleia e encontra Judas Iscariotes. A narrativa mítica durante a viagem tem uma noção de espaço e tempo ao mesmo tempo real e imaginário. Embora fascinante e ficcional, a viagem de São Brandão é colocada com segurança dentro da geografia real do norte e oeste do Oceano Atlântico. Como resultado, o Navigatio oferece uma percepção única sobre a paisagem do local e seu significado simbólico: a ilha dava todo tipo de fruto, é uma terra abençoada.

Um mapa de 1535 da Grã-Bretanha e Irlanda apresentando a ilha mítica Brasil (também conhecida como Hy-Brasil).

A influência das viagens de São Brandão em Cristóvão Colombo

Colombo era conhecido por sua busca por rotas alternativas para chegar às Índias, e foi fortemente influenciado pelas histórias de São Brandão, mas não só ele, pois os relatos de viagens do “Navigatio Sancti Brendani” eram populares durante a Idade Média e o Renascimento, tendo forte influência na mentalidade dos exploradores da época, fornecendo ideias e estímulos para suas próprias expedições marítimas.

Os relatos das viagens de São Brandão e suas descrições de terras distantes despertaram interesse e curiosidade entre todos os navegantes da época. A evidência histórica de que Cristóvão Colombo leu e estudou os textos de São Brandão, incluindo o “Navigatio Sancti Brendani”, pode ser encontrada em uma carta escrita por seu filho, Fernando Colombo. Nela, ele relata uma conversa entre Colombo e um certo monge no Mosteiro de Santa Maria de La Rábida, Espanha, onde Colombo teria discutido suas ideias sobre uma rota alternativa para chegar às Índias. De acordo com a carta, o monge teria sugerido a Colombo que lesse o “Navigatio Sancti Brendani” como uma fonte de inspiração para suas explorações. Embora essa carta de Fernando Colombo tenha sido escrita em 1537, décadas após as viagens de Colombo, ela oferece um vislumbre das influências e discussões que cercavam o famoso explorador e as histórias de viagens medievais durante esse período de descobrimento. A carta escrita por Fernando Colombo, filho de Cristóvão Colombo, é conhecida como “História do Almirante Don Cristóbal Colón” ou “Vida del Almirante Don Cristóbal Colón”.

De São Brandão até Pedro Álvares Cabral

Aprendemos que o Brasil foi descoberto por Pedro Álvares de Cabral em 22 de abril de 1500, mas a primeira vez que o nome Brasil aparece em uma carta náutica é em 1325.

O nome Brasil já existia nos mapas de navegação pelo menos mil anos antes. Como exposto acima sobre São Brandão e suas navegações. Da Irlanda, o monge influenciou o mundo e seu “sonho” só seria descoberto muitos séculos depois. O desejo de encontrar a ilha Hy-Brassil levou expedições e ao desenvolvimento da humanidade: construiriam casas, vilas, cidades, países novos, ampliando horizontes e mudando para sempre todo rumo do conhecimento humano.

Essa lenda influenciou as navegações e as grandes descobertas mas também batizou o nosso país na língua gaulesa falada por são Brandão na época. Brasil significava: terra abençoada e não tem nada a ver com brasa ou vermelho. Somos isso: Terra abençoada, predestinada a ser terra de bençãos.

Em 1139, Dom Afonso Henriques, grão-mestre dos Cavaleiros Templários e primeiro Rei de Portugal, teve que enfrentar muçulmanos que queriam invadir Portugal pela fronteira da Espanha. Apenas com um pequeno exército para enfrentar milhares de inimigos, Alfonso se recolhe em oração na sua tenda na noite anterior à Batalha de Ourique, conformado com sua morte e de seus soldados. Entretanto, em uma visão misteriosa, aparece o próprio Jesus Cristo crucificado para profetizar o futuro do Rei de Portugal: confia, Afonso, porque não só vencerás esta batalha mas todas as outras contra os inimigos de minha cruz. Acharás o agente Alegre e esforçada para pelejar e te pedirá que entre eles na batalha com o título de rei quero em ti e em teus descendentes fundar para mim um império por cujo meio seja meu nome publicado entre as nações mais estranhas.

O destino mais nobre de Portugal foi descobrir o Brasil, nação que o próprio Jesus, ao aparecer para Dom Afonso, orientou a plantar árvores, construir barcos e fundar uma escola de navegação, a famosa escola de Sagres. Para cumprir essa missão, o rei precisaria da ajuda de seus descendentes com a expulsão definitiva dos muçulmanos em 1385, pelas mãos do Rei Dom João I.

Portugal estava pronto para novas conquistas, agora a lei os séculos 1516 foram marcados pelos descobrimentos as cartas náuticas dos grandes navegadores professores da Escola Sagres chegaram as mãos de Portugal, sobre o reinado de Dom Manuel o e financiado por família bancos e igreja Pedro Álvares Cabral partiu de Lisboa em 5 de Março a Bordo canal São Gabriel e mais 12 Caravelas e 1500 homens voltaram apenas 500 chegaram primeiro ao Porto Seguro na Bahia e o primeiro ato público de Cabral foi mandar a rezar uma missa e erguer um cruzeiro para abençoar a ilha de Vera Cruz especiarias não Aventura mortal no mar só valeria a pena se fosse pela missão e dilatar a fé e o império como mencione os caminhos. Os Lusíadas, na carta de Pero Vaz de Caminha, é revelada a face humana da nova terra que apesar de apresentar riquezas naturais oferece como principal oportunidade a educação e a civilização do Povo nativo alguns anos depois do descobrimento um Mercador judeu que era também cavaleiro da ordem de Cristo conhecido como Fernão de Noronha rebatizou a terra de Santa Cruz com o nome Brasil, vinculando as terras recém descobertas com o mito da cristandade, fato ou mito, a origem de nosso descobrimento guarda mistérios que sustentaram a história dos nossos ancestrais. Essa é a origem do nome de nossa Terra de Santa Cruz.

fontes: Terça Livre e Voyage of Saint Brendan

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