Trump diz que saberá ‘nos primeiros dois minutos’ se o acordo de paz da Ucrânia for possível com Putin

Tammy Bruce, porta -voz do Departamento de Estado, me disse em uma entrevista que o presidente está estrategicamente posicionado para parar os combates na Ucrânia.

“O ponto é que o assassinato tem que terminar”, disse ela em “Media Buzz”. “E se há alguém que possa enfrentar e lidar e gerenciar Putin, é Donald Trump”.

Zelenskyy pede negociações diretas com Putin enquanto Trump estabelece o prazo de paz

Mas e se for Putin quem está gerenciando Trump? E como pode haver algum tipo de acordo quando a Volodymyr Zelenskyy se recusa a participar, dizendo que o ditador do Kremlin está tentando enganar a América?

Trump abordou isso ontem, em sua entrevista coletiva sobre os federais assumindo o departamento de polícia da DC – e digamos que ele fez questão de diminuir as expectativas.

O presidente Donald Trump, à esquerda, e o presidente russo Vladimir Putin apertam as mãos no início de uma reunião no Palácio Presidencial em Helsinque, Finlândia, 16 de julho de 2018. (AP Photo/Pablo Martinez Monsivais, arquivo)

Uma coisa que é impossível de ignorar é que, sempre que Trump ameaça sanções contra Moscou, ele encontra uma maneira de evitar seguir adiante. Lembra do prazo de 50 dias? E então o prazo de 10 dias?

Putin tem sido diplomaticamente isolado desde a invasão ilegal da Ucrânia, que contou com o assassinato deliberado de civis.
Convidando -o para o Alasca – que a América comprou da Rússia em 1867 e não é mais considerada “a loucura de Seward” – Trump está concedendo a Putin o respeito como um líder mundial legítimo, não um pária.

O plano de Putin o tempo todo tem sido obter ganhos no campo de batalha e depois se apegar a tudo ou a maior parte dessa terra em qualquer assentamento. É por isso que ele continuou a bombardear intensamente a Ucrânia, matando mais civis, mesmo em meio à conversa sobre a paz.

Zelenskyy diz que não pode ceder nenhuma terra porque isso viola a constituição do país. Também criaria uma tempestade política em casa. Mas uma pesquisa recente diz que 38 % dos ucranianos estão dispostos a desistir de algum território para terminar a guerra.

Trump explode Zelenskyy por objeção constitucional à ‘troca de terras’ na guerra da Ucrânia

Trump falou sobre “algumas trocas de territórios”, mas a Ucrânia não tem muito o que trocar. O país levou mais de 500 milhas quadradas em um ataque surpresa na área russa de Kursk, mas isso diminuiu para apenas quatro quilômetros quadrados e ocorreu à custa de baixas significativas.

Portanto, isso pode ser uma repetição do que aconteceu quando a Rússia apreendeu a Crimeia em 2014. O mundo ficou indignado e, em seguida, tudo voltou ao normal.

Quanto a Putin, Trump disse aos repórteres ontem: “Eu teria uma ótima ligação com ele e depois os mísseis seriam lançados em Kiev”.
“Eu vou dizer a ele para terminar esta guerra.”

“Eu me dou bem com Zelenskyy, mas não concordo com o que ele fez.”

O presidente disse que tentará recuperar algum território “para o bem da Ucrânia”.

“Provavelmente nos primeiros dois minutos, vou saber se um acordo pode ser feito.”

Caso contrário, “posso sair e dizer boa sorte”.

Agora você pode questionar por que Trump está concedendo a Putin uma audiência no solo dos EUA sem qualquer entendimento anterior. O presidente acredita nas negociações presenciais, mas nem sempre funciona. Apesar de todas as cartas de amor entre ele e Kim Jong-un, a Coréia do Norte nunca se transformou em seu programa nuclear.

Trump disse sobre Putin e Zelenskyy: “Em última análise, vou colocar os dois em uma sala”. Bem, talvez.

Mesmo que Zelenskyy vá para o Alasca, ou uma reunião posterior com Putin, ele não concordará em recompensar a Rússia por sua agressividade militar, dando terras “ao ocupante”, como ele disse. Trump pode culpar Zelenskyy como o cara do outono, mas isso não nos aproxima da paz.

Além disso, Zelenskyy, compreensivelmente, querer garantias de segurança. Caso contrário, Putin poderia usar um cessar-fogo para permitir que suas forças descansassem e se recuperem e depois atacar novamente em seis meses ou um ano-uma repetição da estratégia pós-crime.
Tanta coisa para resolver a guerra em 24 horas.

É uma guerra sangrenta, frustrante e complicada que resultou em enormes baixas para os dois lados. Mas tudo deriva de uma invasão ilegal de um ditador que insiste que a Ucrânia não tem o direito de existir.