O início do mês de setembro na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Honório Fraga, em Colatina, foi marcado pelo desenvolvimento do projeto interdisciplinar com foco na Educação Ambiental Crítica e na Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER): “Caminhos das Águas: Redescobrindo as Águas Capixabas com os Povos Originários.” A ação teve como objetivo promover o pensamento científico, a valorização da diversidade cultural e a percepção ambiental crítica entre os estudantes.
Durante a realização das atividades, os alunos participaram de experiências que integraram conteúdos de Geografia, Sociologia, História e Biologia. Entre os principais destaques estiveram a produção de vídeos documentários, maquetes temáticas, oficinas de artesanato com materiais reaproveitados e uma exposição fotográfica. O projeto foi finalizado com uma visita técnica ao manguezal do rio Piraqueaçu e ao Museu de Santa Cruz, em Aracruz, região habitada pelas comunidades indígenas Tupiniquim e Guarani.
A proposta pedagógica também contemplou análises sobre os corpos d’água do Espírito Santo, com ênfase nos impactos socioambientais que afetam manguezais e rios locais. Os estudantes investigaram a degradação dos ecossistemas, o papel das comunidades tradicionais na conservação ambiental e a relação ancestral dos povos originários com esses territórios aquáticos.
Segundo o professor de Geografia José Augusto de Araújo Pires da Luz, responsável pelo projeto, a abordagem crítica e interdisciplinar possibilitou aos alunos uma compreensão mais ampla dos desafios ambientais e sociais. “Ao integrar temas como a crise ambiental, o patrimônio cultural e os saberes indígenas, contribuímos para a construção de valores éticos e democráticos, fundamentais para a tomada de decisões conscientes e para a proposição de soluções socioambientais”, destacou.
Já a estudante Julia Ferreira da Cruz ressaltou a importância das vivências: “São temas que muitas vezes passam despercebidos, como a importância dos lugares em nossa vida, o consumismo e a degradação dos ecossistemas. Foi uma oportunidade de enxergar o cotidiano com outros olhos”, afirmou.
Para o professor José Augusto, o projeto reafirma o papel da escola como espaço de transformação social, no qual a educação ambiental e a valorização das relações étnico-raciais se articulam para a construção de uma sociedade mais justa, plural e sustentável.
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