Os tempos difíceis alertados por Mark Zuckerberg chegaram oficialmente à Meta. E nem toda a corrida em torno do metaverso, lançamento de óculos de realidade virtual e novos produtos foi suficiente para manter a companhia em crescimento. Pelo menos é o que aponta o balanço financeiro referente ao segundo trimestre de 2022.
A Meta registrou queda de 1% na receita da companhia, marco inédito para a empresa, indo de US$ 28,8 bilhões no trimestre encerrado em junho passado, ante US$ 29 bilhões do mesmo período de 2021. Além disso, as plataformas da companhia voltaram a registrar queda no número de usuários ativos por mês: 2,93 bilhões em relação aos 2,95 bilhões do primeiro trimestre anterior em 2022. Na comparação com o mesmo trimestre de 2021, o aumento foi de 1%.
Teve boa notícia? Sim, o número de usuários ativos por dia foi de 1,97 bilhão, alta de 3% comparado ao mesmo período em 2021 — no primeiro trimestre deste ano, o Facebook tinha 1,96 bilhão.
“Foi bom ver uma trajetória positiva em nossas tendências de engajamento neste trimestre provenientes de produtos como Reels e nossos investimentos em IA”, disse Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta em comunicado. “Estamos colocando mais energia e foco em torno de nossas principais prioridades da empresa que abrem oportunidades de curto e longo prazo para a Meta e as pessoas e empresas que usam nossos serviços.”
Mas o que está acontecendo?
A companhia, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, viu uma quebra no roteiro de crescimento desde sua abertura de capital há 10 anos. Mais do que a situação econômica global, que vive uma desaceleração e coloca as startups em altos níveis de alerta, a Meta ainda sofreu com o aumento das legislações regulatórias e antitruste. Dessa forma, a receita com anúncios, principal forma de monetização das plataformas da empresa, deve seguir abaixo do esperado — Junior Borneli, CEO da StartSe, explica melhor aqui.
Pior: as big techs enfrentam uma legislação em trâmite no Senado americano que pode mudar completamente as regras de ranqueamento no serviços de publicidade, como o Facebook Ads.
A executiva Sheryl Sandberg, conhecida como o braço direito de Zuckerberg e que está de saída da empresa, alertou no balanço: “Esses continuam sendo tempos turbulentos para a economia global. Muitos dos fatores macro que afetam nossa receita são continuações de coisas que vimos nos trimestres anteriores, como o impacto contínuo da guerra na Ucrânia e a volta do comércio eletrônico após o pico da pandemia. Mas também há novos desafios com o aumento da inflação e a incerteza em torno de uma recessão iminente”.
fonte: .StartSe
nota do Direto Notícias: O Facebook teve queda e continuará tendo, devido a “política podre” de censura aos conservadores do Brasil e do mundo. “Quem lacra não lucra”, como diz o recente ditado. E enfim, como diria a Dilma: a Meta não conseguiu bater a meta…