Política em debate na sala de aula

             Por meio da disciplina eletiva Cidadão do Futuro, alunos aprendem sobre procedimentos legislativos e até produzem projetos de lei.

Um debate plural, democrático e sem tendências ideológicas ou partidárias. Assim tem sido, pelo segundo semestre consecutivo, a disciplina eletiva Cidadão do Futuro, ministrada aos alunos da 1ª série do Ensino Médio do Centro Educacional Leonardo da Vinci, com o objetivo de explicar como funciona o processo político, especialmente o municipal, contribuindo para a formação cidadã.

Ministrada pelo professor de História e ex-vereador de Vitória Roberto Martins, a disciplina faz parte do novo currículo do Ensino Médio, que prevê matérias diversificadas optativas. A iniciativa de levar a política para dentro da sala de aula partiu da observação de que, cada vez mais, as pessoas estão se afastando do tema. “Isso não acontece sem razão, mas essa rejeição não é o melhor caminho. Não adianta a gente fugir da política, porque ela decide boa parte da nossa vida”, explica Roberto.

Ao todo, 21 estudantes já cursaram a disciplina Cidadão do Futuro, aprendendo como funcionam os poderes, de que forma eles se relacionam, o que é ou não constitucional, o que são projetos de lei e resoluções, e quais os trâmites do processo legislativo. “Percebemos que inicialmente a matéria não desperta muita atenção, mas, quando o aluno começa, ele se apaixona e, ao final, relata que passará a acompanhar mais de perto e de forma mais crítica a discussão política”, revela o professor.

Faz parte ainda da programação da disciplina a visita à escola de dois vereadores, Davi Esmael (PSD) e Karla Coser (PT), que são ex-alunos do Leonardo da Vinci, para uma conversa com os alunos. Na ocasião, eles falam sobre suas carreiras políticas, os desafios e as curiosidades, e tiram dúvidas dos estudantes.

A culminância da disciplina nos dois módulos já realizados consistiu na elaboração e apresentação pelos próprios alunos na Câmara Municipal de Vitória de Projetos de Lei (PL). O primeiro, no ano passado, propôs a inclusão do símbolo do autismo nos assentos preferenciais do transporte público da Capital. Em função da mudança na competência para legislar sobre o tema do Município para o Estado, a proposta de projeto de lei foi substituída por uma Indicação ao Governador, que foi assinada pelos vereadores.

Neste ano, os alunos propuseram a criação do projeto “Aluno Nota Dez”, que consistia em condecorar os melhores estudantes das 53 escolas municipais de ensino fundamental. A proposta foi votada e aprovada pelos vereadores e seguiu para o prefeito, que poderá sancioná-la e publicá-la, tornando-se assim lei.

“Para além do êxito na aprovação dos PLs, esses são momentos únicos para os nossos alunos terem contato com a política real e conhecerem a pluralidade de discursos ideológicos da Câmara, tendo o protagonismo despertado”, explica Roberto.

 

fonte: Tríade Comunicação

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