Buscando levar informação de qualidade para a população, João Victorino, especialista em finanças pessoais e administrador de empresas, aponta o destino dos valores arrecadados com o imposto que, ao contrário do pensamento popular, não está, em um primeiro momento, obrigatoriamente vinculado a nenhum propósito específico.
Muitas pessoas acreditam que os recursos captados com o pagamento do IPTU seriam necessariamente destinados a alguma atividade específica do município. O que acontece, no entanto, é que o uso dos recursos obtidos com o pagamento do imposto não está inicialmente submetido a nenhum propósito específico, como, por exemplo, uma destinação obrigatória a fundos municipais, despesas locais ou custeio de órgãos públicos.
Isso ocorre porque a vinculação da arrecadação de impostos é vedada pela Constituição Federal de 1988. Por outro lado, a própria Constituição Federal também determina que os municípios destinem, no mínimo, 25% do recolhimento tributário anual para o setor da educação, e outros 15% do montante para o setor de saúde. Deste modo, temos que ao menos 40% de todos os recursos arrecadados pelos municípios já estão, na prática, atrelados a gastos nestas áreas.
O restante, 60% do valor pago pela população, pode ser distribuído nas demais esferas de atuação do poder público, como construção e manutenção de creches e escolas; manutenção de postos de saúde; órgãos de segurança pública; pagamento de salários de funcionários municipais.
“Geralmente, informações a respeito do direcionamento dos recursos captados com o IPTU podem ser obtidas através dos portais oficiais da prefeitura de sua cidade ou de plataformas que disponibilizam dados públicos sobre finanças públicas e indicadores socioeconômicos”, explica João.
Na cidade de São Paulo, o Portal da Transparência oferece uma descrição detalhada das fontes de receitas do município e o direcionamento destes recursos para os gastos em serviços à população. “Através dele, vemos que, em São Paulo, dos R$ 47,2 bilhões arrecadados com impostos no ano passado, R$ 17 bilhões foram destinados para o setor de educação e R$ 14,7 bilhões para a área de saúde, de acordo com a Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2022”, conclui o especialista.
Sobre João Victorino
João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas pela Universidade e com MBA pela instituição. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro.
Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João é líder em diversidade e inclusão na Visa, atuando em prol de pessoas com deficiência. O especialista busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.
fonte: Seven PR