Nesta semana, um vídeo viralizou nas redes sociais do Brasil: uma escola pública do Rio de Janeiro reuniu crianças para assistir danças sensuais, tudo ao som de “cavalo taradão no cio”, música com alusões sexuais.
Após a disseminação do vídeo, novos detalhes do grupo responsável pelo evento vieram a à tona: a Companhia Suave já tinha se apresentado para 5 escolas públicas, tendo recebido R$ 50 mil da prefeitura do Rio de Janeiro, apontou o jornal Diário do Rio.
O dinheiro foi passado para a companhia através de um edital da secretaria de cultura da cidade do Rio de Janeiro, apontou o jornal Globo.
O grupo Companhia Suave expunha suas apresentações publicamente em seu site e nas suas redes sociais, de forma que as autoridades podiam saber o teor dos eventos.
Em divulgações do evento, a Companhia Suave exibia a classificação indicativa “livre para todos os públicos“.
Após a repercussão da apresentação sexual para as crianças, a secretaria de cultura afirmou em nota que repudia veementemente o teor da apresentação do grupo, tendo entrado com processos legais para receber os R$ 50 mil de volta.
Na apresentação:
- a letra da música apresenta conotações sexuais fortes – “Cavalão ficou danado, cavalga de frente, cavalga de lado. Ela vai pra trás, ela toma, ela toma. Galopa, senta e rebola. Faz a posição, vem de quatro e rebola”;
- uma dançarina trajando uma máscara de cavalo colocou suas partes íntimas no rosto de um homem sem camisa;
- homens vestidos de fada dançaram para as crianças.
Para compreender os mecanismos da leis de incentivo à cultura que financiam apresentações como “cavalo taradão”, a Brasil Paralelo produziu o Original BP Aos Amigos, A Lei.
fonte: BP