Como a Yuool quer transformar fãs em investidores?

Como a Yuool quer transformar fãs em investidores?

A Yuool ainda não é uma gigante do mercado de calçados, mas não dá pra dizer que ela não faz barulho. 

  • A fabricante gaúcha de calçados casuais e esportivos à base de materiais diferenciados como lã de ovelha se tornou uma marca querida dos chamados “faria limers” e do público empreendedor. 

Agora, o plano da companhia é aproveitar da base de fãs conquistada e transformar parte deles em investidores, com uma rodada aberta de crowdfunding.

Com uma oferta pública na plataforma da Captable, a startup tem a expectativa de levantar R$ 3,5 milhões – e já está próxima de atingir a metade da meta, com cerca de R$ 1,5 milhões captados até o momento. 

Inclusive, segundo o CEO Eduardo Abichequer, a startup está otimista sobre a possibilidade superar a meta inicial, chegando até R$ 4,3 milhões.

“Queremos beneficiar aqueles que sempre estiveram ao lado do crescimento da Yuool, sejam clientes, ou investidores que acreditaram no nosso propósito”, destaca Eduardo.

“Ajustamos nossa operação para ficar mais rentável e com margens super competitivas, e agora chegou o momento para acelerar”, completa o executivo, em conversa com o Startups.

Segundo dados divulgados pela Yuool no pitch aos investidores, a companhia tem uma receita anual de US$ 75 milhões, com cerca de 220 mil clientes atendidos – 44 mil novos clientes nos últimos dois anos. “Dobramos em 21, dobramos em 22, e um pouco da ropdada é pra isso, botar uma gasolina no que a gente quer fazer. Agora é acelerar”, diz o CEO.

Com os recursos, o plano da Yuool é o de investir em estoque e gestão de estoque para sustentar o aumento de demanda, assim como no desenvolvimento de produto, expandindo para além das três linhas de calçado que a marca possui. Entretanto, Eduardo não deu detalhes sobre o plano – “não queremos estragar a surpresa para nossos clientes”, dispara.

Além do foco em produto, a companhia quer continuar seu plano de abrir lojas próprias, mas mantendo uma cautela que a companhia tem mantido nesse quesito. Atualmente ela tem duas lojas em São Paulo e duas em Porto Alegre – uma no Rio de Janeiro deve abrir até o fim do ano. 

“Não queremos criar metas agressivas de novas lojas para não fazer negócios ruins”, diz Eduardo, frisando que todas as lojas da Yuool são rentáveis.

Outra base de crescimento é o braço internacional, operacionalizado pelo sócio italiano desde a abertura, em 2019. Com presença digital em oito países da Europa, a Yuool tem cerca de 20% de sua receita em vendas no mercado internacional – com uma pequena parte das vendas para clientes no Estados Unidos, onde opera no marketplace da Amazon.

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