Vereadores de Piúma Denunciam Tentativas de Retaliação e Questionam Uso dos Recursos Municipais

Vereadores de Piúma Denunciam Tentativas de Retaliação e Questionam Uso dos Recursos Municipais

Piúma, ES. O cenário político da cidade de Piúma vive momentos de tensão após seis vereadores da Câmara Municipal se unirem para propor uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), buscando maior controle e transparência na aplicação dos recursos públicos. O grupo é formado pelos parlamentares Fabrício Taylor, Alemão de Niterói, Jorge Miranda, Daniel Etcheverry, Léo Boniólo e Ruan Miranda.

Desde então, os seis têm enfrentado ataques orquestrados por aliados do Prefeito Municipal, que conta com o apoio de outros cinco vereadores da base governista. No dia 06 de junho, esses parlamentares, acompanhados do Prefeito, participaram de um programa em uma rádio comunitária local, onde, segundo relatos, atacaram diretamente o posicionamento dos vereadores independentes, numa tentativa clara de deslegitimar suas ações e influenciar a opinião pública contra eles.

Poucos dias depois, em 11 de junho, uma jornalista local, tida como alinhada à atual gestão, publicou duas matérias com o mesmo conteúdo veiculado na rádio, reforçando o discurso governista. A repercussão, no entanto, foi contrária às intenções da matéria: os comentários do público nas redes sociais se mostraram amplamente favoráveis à atuação dos seis vereadores, que vêm conquistando o apoio popular pela seriedade com que têm tratado as finanças públicas do município.

Orçamento Municipal na Mira

O ponto central do embate gira em torno da aplicação dos recursos do orçamento municipal, que, segundo os vereadores, vem sendo executado de maneira questionável nos últimos anos. Com um orçamento anual de aproximadamente R$ 160 milhões, a Prefeitura tem a possibilidade de remanejar até 50% do valor, ou seja, cerca de R$ 80 milhões, sem precisar consultar a Câmara Municipal. Os vereadores alertam que esse tipo de prática pode permitir que valores originalmente destinados à saúde, educação ou assistência social sejam desviados para ações de menor prioridade, como eventos festivos e decorações sazonais, por exemplo.

A proposta da emenda à LDO visa justamente limitar esse percentual de remanejamento, dando mais voz ao Legislativo e garantindo que os recursos municipais sejam aplicados com responsabilidade, foco em políticas públicas e respeito às prioridades da população.

Além disso, o grupo questiona o fato de que 80% dos investimentos em obras da cidade vêm de recursos do Governo do Estado, o que levanta dúvidas sobre o real destino do dinheiro arrecadado diretamente pela Prefeitura.

Perseguição Política: Caso Ganha Repercussão

Um dos episódios mais preocupantes dessa crise política foi a exoneração de um servidor comissionado, cuja única ligação com o conflito seria o fato de sua família apoiar o vereador Fabrício Taylor, principal líder do grupo. O caso foi levado à tribuna da Câmara por Taylor, que defendeu publicamente o servidor e denunciou o que chamou de perseguição política por parte da gestão municipal.

“Se o secretário quiser fazer mal a alguém por causa dos posicionamentos políticos, que venha diretamente a mim. Mas não ataque trabalhadores que ganham salário mínimo. O secretário ganha quase R$ 16 mil por mês, não pode usar o poder do cargo para perseguir”, afirmou o vereador, reforçando que não permitirá que servidores da cidade sejam alvos de intimidação ou retaliação política.

População Atenta e Mobilizada

Apesar das tentativas de desinformação, o grupo de vereadores vem ganhando cada vez mais respaldo popular. O debate sobre o orçamento e a cobrança por mais transparência se intensificaram nas redes sociais, onde cidadãos demonstram apoio aos parlamentares que se colocam contra os abusos na gestão dos recursos públicos.

O embate promete se intensificar nas próximas sessões da Câmara, com a votação da LDO e o posicionamento firme dos vereadores que defendem uma Piúma mais justa, transparente e com prioridades voltadas à real necessidade do povo.

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