Num cenário digital hipercongestionado, os produtos perderam o brilho. Todo mundo anuncia. Todo mundo otimiza. Todo mundo impulsiona. Mas poucos, pouquíssimos, conectam.
É isso que separa as marcas que sobrevivem daquelas que se tornam memoráveis. Não basta vender. É preciso emocionar.
A história por trás da pelúcia
Estava lendo esse fim de semana o case da Hugimals World, uma startup que cria pelúcias com peso terapêutico para reduzir a ansiedade de crianças e adultos. O que vende não é apenas o “produto”. O que move o negócio são vídeos reais de pessoas se emocionando ao abraçar o bichinho pela primeira vez. O que converte é o olhar de alívio, o sorriso contido, o gesto involuntário.
Nesse mar de anúncios genéricos e “copys” previsíveis, quem ainda consegue gerar reação genuína atrai atenção — e, mais que isso, conquista afeto.
Performance sem emoção é ruído
O marketing de performance tradicional, focado só em conversão, não funciona mais sozinho.
O motivo? A comoditização brutal dos produtos. O que diferencia um creme anti-rugas de outro hoje? Muito pouco. A guerra já não é por função. É por conexão.
E nesse novo campo de batalha, ganha quem tem história para contar.
Marcas com alma vencem no longo prazo
Alguns dados e aprendizados do novo jogo:
- Inserir apenas o logotipo em um anúncio aumenta a performance, porque reforça familiaridade.
- Ter presença em vários canais (redes sociais, influenciadores, e-mail marketing) aumenta o reconhecimento e gera vínculo.
- Fundadores que colocam seu rosto e sua voz à frente da marca criam identificação e confiança.
Quando você mostra o ‘porquê’ do seu produto, não está mais vendendo um item. Está oferecendo um senso de pertencimento.
Vendas baseadas em verdade
Casos reais reforçam essa lógica:
- Sleep or Die, uma marca de wellness do Canadá, criou uma narrativa provocativa em torno do sono: “Durma direito ou viva pela metade.” A história veio antes do produto — e já havia lista de espera antes do lançamento.
- Dtocs, que vende utensílios sustentáveis, dobrou o retorno dos anúncios ao focar na trajetória da fundadora e na geração de renda para mulheres indianas.
A nova regra do jogo
Se você é fundador ou executivo, pare de pensar em campanhas. Pense em narrativas. Emoção não é um acessório, é a estratégia central.
Mais do que venda, crie significado
No fim, o cliente moderno não quer só comprar. Ele quer sentir que faz parte de algo. Ele quer se ver refletido naquela marca.
A sua marca desperta essa emoção? Ou é só mais uma na multidão?
Quem souber contar bem a própria história será lembrado. Quem não souber… será esquecido.