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No que parece ser uma tentativa flagrante de impulsionar sua imagem no ano das eleições municipais, o socialista Lula tem a audácia de propor um orçamento de R$ 647 milhões para publicidade oficial em 2024. Para colocar isso em perspectiva, isso é um salto absurdo dos já “generosos” R$ 359 milhões de 2023 pagos pelo pagador de impostos.
Embora o valor ainda esteja pendente de aprovação pelo Congresso, se aprovado, seria o maior desde 2004, ano em que as ligações entre PT e as FARC explodiram na imprensa. E coincidentemente, tudo isso durante um ano eleitoral.
Enquanto o PT tenta se recuperar de sua performance lamentável nas eleições municipais de 2020, com derrotas memoráveis em cidades como São Paulo, parece que Lula está mais interessado em bombardear o público com propaganda do que abordar questões substantivas.
A Secom, convenientemente, defende esse exorbitante gasto com a desculpa de promover ações governamentais e combater a desinformação. No entanto, não pôde resistir em desafiar a ideia de que o valor é recorde, mostrando onde realmente estão suas prioridades.
Apesar da retórica do governo sobre a necessidade de “combater a desinformação”, Lula parece focado em gastar pesadamente na televisão, com 73% dos recursos indo para esse meio. Comparativamente, até o governo Bolsonaro, muitas vezes criticado injustamente, alocou apenas 47% para o mesmo meio.
Paulo Pimenta, que atualmente lidera a Secom, já é conhecido por seus erros de comunicação, o que nos faz questionar a prudência dessa proposta exorbitante.
Conforme uma pesquisa recente da Datafolha, Lula estaria “mantendo uma aprovação estável”, mas com essa nova estratégia de gastar em publicidade, ele parece mais interessado em comprar a opinião pública do que em ganhá-la através de ações concretas e políticas bem pensadas.
Os socialistas sabem da importância de um jornal na formação da opinião pública. Será que a direita sabe o que é isso?
fonte: Terça Livre
