O investimento atrelado à inflação, que vale a pena conhecer

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No ano passado, o cenário de inflação no Brasil foi pressionado por conta da elevação dos preços das commodities, depreciação do real e problemas relacionados à cadeia de suprimentos global. Já em 2022, esses efeitos foram amplificados pela guerra na Ucrânia.

Porém, a partir do segundo semestre, a inflação desacelerou de forma acentuada, puxada pela aprovação do governo nos cortes de tributos federais e estaduais sobre os combustíveis e energia elétrica. O IPCA registrou deflação acumulada de 1,32% entre julho e setembro.

Apesar da desaceleração do índice nos últimos três meses, o mercado segue atento à tendência de alta dos preços olhando para a frente. A atividade econômica doméstica segue apresentando resultados positivos em virtude de uma recuperação do mercado de trabalho, o que tem contribuído para a manutenção de pressões inflacionárias. Soma-se a isso riscos adicionais para o cenário fiscal que também adicionam maior incerteza para 2023. Assim, a expectativa do mercado é que o IPCA termine 2023 no patamar de aproximadamente 5%, acima da meta do Banco Central de 3,25%.

Portanto, o cenário segue favorável para o investimento em ativos de proteção inflacionária, como, por exemplo, os fundos imobiliários de recebíveis. O carrego dessa classe de ativos deve permanecer atrativo (dividend yield dos últimos 12 meses de 14,7%) e com baixa volatilidade, se configurando em excelente veículo defensivo para um cenário de riscos.

Somam-se a isso outras características dos FIIs de recebíveis, tais como:

(i) gestão profissional: dada a complexidade de estruturação e acompanhamento das operações, faz sentido para o investidor disponibilizar os seus recursos a um gestor que detenha expertise e estrutura para avaliar os ativos;

(ii) diversificação: elevado nível de diversificação, uma vez que sua carteira é composta por diversas operações, garantias, devedores, indexadores e segmentos distintos;

(iii) maior liquidez: FIIs de papel são negociados no mercado secundário com liquidação em D+2.

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fonte: BTG Pactual