Menos de 3% dos brasileiros destinam parte do I.R. para projetos socioculturais

                Direcionamento de valor abatido no Imposto de Renda para causas sociais ainda está muito longe do ideal

Quando fazemos uma doação, seja ela de qualquer tipo, sempre buscamos saber para quem ou para onde será destinada. E assim também funciona o movimento I.R. do BEM, que permite ao contribuinte ter mais clareza sobre o aproveitamento dos valores doados para causas sociais. Fundada pelo diretor da VR Projetos, Renato Paixão, a iniciativa é voltada para pessoas físicas que fazem a declaração do Imposto de Renda pelo formulário completo e, assim, podem destinar parte do valor devido ao governo para projetos escolhidos pelo próprio contribuinte.

Atualmente, 14 milhões de pessoas podem destinar parte do I.R. para projetos que necessitam de apoio — seja para sair do papel, dar continuidade a atividades que já são realizadas ou para aumentar o número de pessoas beneficiadas. Transformando esse número, são quase 10 bilhões de reais que poderiam ser direcionados para projetos anualmente.

No país, centenas de causas sociais aguardam incentivos fiscais e a alta taxa de doações que deixam de ser feitas pela população é um dos motivos para o prolongamento dessa espera. Em 2022, as declarações relativas ao ano fiscal de 2021 tinham o potencial de chegar a R$ 9,65 bilhões, porém apenas R$ 278,73 milhões (2,88% do total) foram destinados por contribuintes a causas ligadas às crianças, adolescentes e idosos, segundo dados fornecidos pela Receita Federal. O número é maior que no ano anterior, que foi de R$ 228,53 milhões, mas segue muito abaixo do que poderia ser.

A professora aposentada Cynara Kessler faz a sua parte desde 2013, ano em que o programa do I.R. do BEM foi lançado. Ela, que foi também a primeira doadora da capital gaúcha, conta que o motivo para participar da causa é bem simples. “Acredito que, dentro das minhas possibilidades, posso contribuir com a melhoria da qualidade de vida de muitos jovens”, afirma Cynara, que sempre busca destinar parte de seu imposto para um projeto diferente e que envolva crianças. Ano passado, por exemplo, foi para Fundação Dorina Nowill,  que se dedica à inclusão social das pessoas cegas e com baixa visão. Este ano, ela decidiu destinar parte do seu imposto de renda para o Instituto do Câncer Infantil de Porto Alegre.

Para a professora, fazer esse processo em conjunto com a VR Projetos traz segurança e transparência, pois a empresa se envolve em todas as iniciativas que apoia. “Dessa maneira tenho a opção de escolher onde aplicar o dinheiro do meu I.R. e ter uma noção de onde ele será usado”, explica a professora. Renato Paixão complementa: “Todos os projetos de alto impacto sociocultural ou educacional que apresentamos passam por um criterioso processo de seleção que exige que estejam alinhados às nossas diretrizes (missão, visão e valores), em dia com os órgãos reguladores e aptos para a captação”.

Para o fundador do movimento I.R. do BEM, é uma felicidade enorme ser o canal que oportuniza essas ações para transformar vidas. “Existem apenas dois caminhos para quem paga o I.R.: lamentar a alta carga do imposto e simplesmente deixar para o governo federal ou conhecer o Lado Bom do Imposto, utilizando parte do I.R. para ações transformadoras”, finaliza Paixão.

fonte: Faro Comunicação

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