Além do cripto: para Mercado Bitcoin, renda fixa é “estratégica”

Além do cripto: para Mercado Bitcoin, renda fixa é “estratégica”

O Mercado Bitcoin (MB) surgiu há mais de dez anos, quando “tudo era mato” no universo das criptomoedas. Hoje, além do Bitcoin, a empresa negocia outros 250 ativos, entre moedas digitais, tokens de futebol, fan tokens e até mesmo equities de startups. O segmento mais promissor, porém, é o da renda fixa digital (RFD), que o grupo considera “estratégico” para o negócio.

No último semestre, o volume de negociações no segmento dobrou em relação ao período anterior, conta Henrique Pocai, head de Vendas do MB. Por meio da renda fixa digital, os investidores compram uma espécie de token da dívida dessas empresas. Ou seja, a remuneração é definida no momento da aplicação, por isso é considerada uma renda fixa. Funciona da mesma forma que os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), em que o investidor “empresta” dinheiro para os bancos, por exemplo.

“Temos mais de R$ 620 milhões emitidos em renda fixa digital e nunca tivemos problemas com inadimplência, o que mostra a qualidade do crédito que temos trazido para as operações. Hoje, a renda fixa é uma frente estratégica para o MB“, afirma Henrique.

Com mais de 210 emissões de RFD desde o lançamento da modalidade, o MB tem anunciado frequentemente novos produtos nesse segmento. A última foi uma oferta pública de R$ 3,89 bilhões com a Ascensus, empresa especializada em importação e logística.

Os tokens são distribuídos por meio da plataforma de crowdfunding da MB Securitizadora, nos termos da Resolução nº 88 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que entrou em vigor em 2022. Isso permitiu a disponibilização dos documentos das operações, além de informações essenciais, termo de risco, lâmina do produto, entre outros.

Com o produto mais estruturado, o MB agora busca expandir os canais de distribuição para além da sua plataforma. Segundo Henrique, o segmento B2B – em parceria com escritórios de agentes autônomos de investimentos – corresponde hoje a mais de 50% da distribuição da renda fixa digital do MB.

Um dos atrativos, de acordo com o executivo, é a rentabilidade acima de investimentos de renda fixa tradicionais. Em 2023, a renda fixa digital registrou uma rentabilidade média bruta de 17,44%, enquanto o CDI ficou em 13,05%.

“A vantagem é uma rentabilidade mais alta, com o risco super controlado. Além disso, os tokens de renda fixa são isentos de imposto de renda para aplicações até R$ 35 mil. Existem poucos players explorando esse segmento e nós conseguimos oferecer ativos diferenciados ali dentro”, explica Henrique.

Em meio às quedas nas taxas de juros, a expectativa é que o MB consiga atrair o investidor que quer manter uma rentabilidade mais elevada, porém, sem necessariamente tomar um risco muito mais alto. De acordo com Henrique, a ideia é manter a liderança no segmento de criptomoedas, mas oferecendo também produtos que atendam a diferentes perfis.

“Nosso core business sempre foi cripto e essa é a categoria mais relevante dentro da empresa. Mas hoje a gente é muito mais que isso. Queremos nos posicionar em outras categorias também, como líderes de mercado”, finaliza o executivo.

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