Com as últimas queimadas que têm ocorrido pelo Brasil, a fumaça tem sido uma ameaça à qualidade de vida tanto das pessoas quanto dos animais domésticos. De acordo com o médico-veterinário especializado em pneumologia Felipe Ferraz, a região respiratória dos pets é afetada consideravelmente pela queda da qualidade do ar.
Nesse período, os impactos na saúde respiratória são acentuados. Isso porque a fumaça contém partículas finas e poluentes que podem causar irritação nos olhos, nariz e garganta dos animais. É o que explica Mário Falcão, especialista em oftalmologia veterinária de pequenos animais do Centro Veterinário da Visão, CVV. ”Além disso, a fumaça pode agravar condições respiratórias existentes, como asma ou bronquite”, adverte.
Algumas raças, em especial, correm maiores riscos. Ferraz aponta que os braquicefálicos, como o pug, o bulldog e o shih tzu, têm maior predisposição a doenças respiratórias por conta da estrutura óssea. “Já entre os felinos, os persas e himalaias sofrem mais pelas dificuldades respiratórias crônicas”, destaca.
Os pets mais idosos ou mais jovens também são igualmente mais vulneráveis. “A exposição prolongada pode levar a dificuldades respiratórias, tosse persistente e outros problemas de saúde”, alerta Falcão. Os maiores riscos da exposição são os casos de bronquite, pneumonia, alergia oculares e de pele.
Por isso, alguns cuidados são essenciais para a temporada de seca e de queimadas. Entre eles, evitar ao máximo o contato direto com a fumaça e fugir dos passeios em momentos quentes do dia. Mantenho-os em casa até que a situação melhore.
O uso de purificadores de ar, com filtros HEPA, podem ajudar a remover partículas de fumaça do ambiente. Outra indicação de Falcão é fechar as janelas e portas para evitar a entrada de fumaça, e fazer com que os animais domésticos fiquem bem hidratados, com a alimentação equilibrada, afim de fortalecer sistema imunológico dos pets.
Estar atento aos sintomas físicos nos animais também é importante. Falcão alerta que sintomas são preocupantes quando se apresentam como:
- Respiração rápida ou ofegante;
- Olhos vermelhos e lacrimejantes,
- Nariz e garganta irritados;
- Letargia ou falta de energia;
- Mudanças no comportamento, como irritabilidade ou apatia.
Caso os sinais apresentados acima apareçam e persistam, o indicado pelos profissionais é levar o animal de estimação a um médico veterinário o mais rápido possível, e não administrar medicamentos sem orientação médica.
Fonte: Portal Metrópoles, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
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