Nesta terça-feira (19), parlamentares federais do NOVO enviaram um requerimento de informações (RIC 4299/2024) com diversos questionamentos ao governo Lula (PT) sobre o desperdício recorde de vacinas nos últimos dois anos.
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O requerimento foi assinado pelos deputados federais, Adriana Ventura (NOVO-SP), Marcel van Hattem (NOVO-RS) e Ricardo Salles (NOVO-SP), e é direcionado ao Ministério da Saúde, de Nísia Trindade Lima.
Desde o início de 2023, o governo federal desperdiçou mais de R$ 1,7 bilhão em imunizantes vencidos. Esse é o maior desperdício nos últimos 16 anos e apenas não supera o valor de R$ 1,96 bilhão perdido no segundo mandato de Lula, entre 2007 e 2010.
O governo atual já perdeu 58,7 milhões de vacinas desde o ano passado. Assim, o número é 22% maior ao que o governo Bolsonaro (PL) perdeu em todo mandato de quatro anos.
Neste período houve o desperdício de 48,2 milhões de vacinas por perda de validade. O Globo veiculou a informação após coletar os dados através da Lei de Acesso de Informação (LAI). A pasta de Nísia Lima culpou o governo Bolsonaro pelas perdas do ano passado.
“As vacinas vencidas em 2023 foram reflexo de estoques herdados da gestão anterior e campanhas sistemáticas de desinformação que geram desconfiança sobre a eficácia e segurança do imunizante, impactando na adesão da população”, afirmou em nota.
O requerimento de informações sobre o desperdício de vacinas pelo governo Lula
O requerimento do NOVO destaca que o governo poderia ter investido os valores perdidos em outros programas da saúde pública e questiona a justificativa da pasta.
“A atribuição de responsabilidades ao governo anterior não parece compatível com os quase dois anos já transcorridos de gestão atual, período suficiente para implementar ajustes e corrigir práticas inadequadas”, aponta a justificativa do documento.
O texto também solicita o envio da lista de todos os medicamentos, com destaque às vacinas, desperdiçados por conta de vencimento de validade nos anos 2023 e 2024, incluindo: nome das medicações, quantidade de unidades descartadas, data de compra e prazo de validade.
Em seguida, o documento questiona a quantidade e o valor das vacinas herdadas pela gestão federal anterior, bem como as ações implementadas para evitar o desperdício desses produtos.
Além disso, o RIC pede informações sobre os métodos de monitoramento que o ministério utilizou para fiscalizar os estoques de medicamentos.