O fim do home office? Empresas reavaliam o trabalho remoto

O fim do home office? Empresas reavaliam o trabalho remoto

“Simplesmente não funciona! Não funciona para a criatividade e retarda a tomada de decisões”, é o que pensa Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, sobre o trabalho remoto. Ele desabafou e se mostrou muito insatisfeito com o modelo de trabalho à distância num encontro com funcionários do banco, dando sua contribuição a uma discussão que, desde o fim da pandemia, segue dividindo opiniões entre líderes, empresas e trabalhadores. 

É o fim do trabalho remoto? 

A pandemia mudou não só o nosso jeito de viver, mas também de trabalhar. O trabalho remoto é um bom exemplo disso, pois tornou-se realidade justamente por causa das regras de distanciamento social exigidos no período pandêmico. De acordo com um estudo divulgado pelo IBGE, havia 7,4 milhões de pessoas trabalhando remotamente no Brasil em 2022, por exemplo. 

Mas, agora, essa tendência parece estar mudando de rota e, cada vez mais, as empresas estão exigindo que seus funcionários voltem a ir todos os dias ao escritório. Para que tenham ideia, hoje em dia, a proporção de empresas no modelo presencial já supera as que estão no formato híbrido e remoto. Os dados são da pesquisa “Planeta Firma – Anuário de Benefícios Corporativos, Boas Práticas e Tendências para os Recursos Humanos”, da Swile Brasil junto com a Leme Consultoria, divulgada pela Exame.

Por que isso está acontecendo?

Os motivos por trás desse movimento são diversos, mas alguns fatores principais explicam por que muitas empresas estão puxando seus colaboradores de volta para o escritório.

  • Queda na produtividade e colaboração: embora o home office tenha trazido ganhos em qualidade de vida para muitos profissionais, algumas empresas relatam desafios na produtividade e na colaboração entre equipes. 
  • Desafios no engajamento e na cultura organizacional: manter um time engajado e alinhado com os valores da empresa é mais difícil à distância. Muitas lideranças acreditam que o ambiente presencial favorece o senso de pertencimento e fortalece a cultura corporativa, o que impacta diretamente na retenção de talentos.
  • Controle e monitoramento de desempenho: para algumas companhias, avaliar a performance dos colaboradores remotamente ainda é um desafio. O modelo presencial permite um acompanhamento mais próximo, facilitando feedbacks e ajustes no dia a dia.
  • Movimentação do mercado e expectativas dos clientes: muitas empresas precisam estar fisicamente presentes para atender clientes, fechar negócios e acompanhar operações. 
  • Pressão de grandes líderes e empresas globais: multinacionais como Tesla, Amazon e Google já reforçaram que preferem o trabalho presencial ou híbrido, influenciando uma tendência global. Líderes como Elon Musk e Jamie Dimon, como falamos acima, defendem que a presença no escritório impulsiona eficiência e inovação.

E o outro lado?

A pesquisa “Home office no Brasil: percepções e avaliações dos trabalhadores”, realizada pela FGV IBRE, revelou o lado dos funcionários nessa questão: 

  • Entre as pessoas que trabalham ao menos um dia de casa, a proporção dos que gostariam de trabalhar de forma totalmente presencial é inferior aos 30% do total. 
  • Já entre as pessoas que trabalham 100% do tempo no endereço físico da empresa, 49,7% afirmaram que gostariam de trabalhar de casa, seja total ou parcialmente.

Os profissionais relatam que, além de sentirem um nível maior de produtividade trabalhando de casa, também conseguem conciliar o trabalho com outras atividades com mais facilidade, o que traz um aumento na qualidade de vida. 

Mas, afinal, qual é o modelo certo? 

A verdade é que não existe um único modelo que funcione para todas as empresas. Enquanto algumas organizações estão voltando ao presencial para fortalecer cultura, colaboração e produtividade, outras continuam apostando no home office ou no formato híbrido, equilibrando flexibilidade e desempenho.

O mais importante é entender o que faz sentido para cada negócio e equipe. Empresas que conseguem alinhar suas necessidades operacionais com as expectativas dos colaboradores tendem a ter equipes mais engajadas e resultados mais consistentes. No fim das contas, o modelo ideal de trabalho não é aquele ditado pelo mercado, mas sim aquele que gera valor real para a empresa e para as pessoas que fazem parte dela.

Leitura recomendada 

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