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A dor em cães vai muito além de um incômodo passageiro. Seja por causa de uma cirurgia, lesões ou doenças crônicas, ela pode comprometer seriamente a saúde geral dos animais. “Quando não tratada adequadamente, a dor persistente pode levar a uma resposta inflamatória prolongada, que impacta negativamente o sistema imunológico, tornando o animal mais vulnerável a infecções e outras doenças”, alerta Karina Rangel, médica-veterinária e coordenadora de produtos da Avert Saúde Animal.
Um dos maiores desafios é a identificação precoce do problema. Ao contrário dos humanos, os cães não conseguem expressar verbalmente o sofrimento. Mudanças no comportamento, como perda de apetite, relutância em se mover, irritabilidade ou vocalizações incomuns, podem ser sinais de alerta. A dor crônica, causada por doenças como artrite ou displasia coxofemoral, é ainda mais difícil de ser percebida, já que o cão pode se adaptar ao desconforto, tornando a dor invisível aos olhos do tutor.
Além do sofrimento físico, a dor prolongada pode gerar impactos emocionais e sociais no animal. A perda de mobilidade e a apatia afetam diretamente sua qualidade de vida. “A dor crônica pode resultar em maior irritabilidade, apatia ou até depressão. Em casos extremos, pode comprometer funções vitais, como a circulação e o sistema respiratório”, explica Karina. Por isso, visitas regulares ao veterinário são indispensáveis, permitindo a detecção precoce e o início imediato do tratamento.
O manejo eficaz da dor inclui desde medicamentos e terapias alternativas até mudanças no ambiente do cão. Analgésicos, fisioterapia, acupuntura e controle de peso são algumas das estratégias utilizadas. “Pequenas adaptações no ambiente, como camas ortopédicas e rampas, também ajudam no alívio do desconforto”, acrescenta Karina. A médica-veterinária ainda reforça que a prevenção é tão importante quanto o tratamento: uma boa alimentação, vacinação em dia e cuidados com articulações podem evitar o surgimento de muitas condições dolorosas.
Fonte: Avert Saúde Animal,
FAQ – Entendendo e prevenindo a dor em cães
1. Quais são os sinais mais comuns de que um cão está com dor?
Os cães não verbalizam a dor como os humanos, por isso é importante observar mudanças comportamentais. Sinais como perda de apetite, relutância em se mover, vocalizações incomuns, irritabilidade, apatia e alterações no comportamento social podem indicar que o animal está sofrendo. A dor crônica, por ser mais sutil, pode passar despercebida, tornando a observação diária e as consultas regulares ao veterinário essenciais.
2. De que forma a dor não tratada pode afetar a saúde do cão?
A dor persistente pode desencadear uma resposta inflamatória prolongada que compromete o sistema imunológico, deixando o animal mais suscetível a infecções. Também pode afetar a circulação sanguínea, a oxigenação dos tecidos e até a função cardíaca e respiratória. Além do impacto físico, a dor pode levar à perda de mobilidade e alterações emocionais, como depressão e irritabilidade.
3. Quais são as formas de tratamento e prevenção da dor em cães?
O tratamento da dor envolve uma combinação de medicamentos, como analgésicos, e terapias alternativas, como acupuntura, fisioterapia e hidroterapia. Modificações no ambiente, como camas ortopédicas e rampas, também ajudam. Para prevenção, é fundamental manter uma dieta equilibrada, controlar o peso, realizar atividades físicas adequadas e manter o calendário de vacinação e check-ups veterinários em dia.
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