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A reunião que virou um mapa de risco (e de oportunidade) sobre IA

A sala de reuniões estava cheia. Diretoria completa. CFO, COO, RH, TI, Jurídico.
O tema?
“IA: riscos e oportunidades estratégicas”

Carlos, o CEO, abriu:

— Estamos vendo as startups levantarem rodadas milionárias com IA. A Sequoia fala em trilhão de dólares. E nós? Estamos olhando para isso como hype ou como agenda real?

Silêncio por alguns segundos.
Foi Helena, a diretora de Estratégia, quem quebrou:

— Acho que ainda estamos tentando entender onde, de fato, isso toca nosso negócio. Não é como o SaaS ou o mobile, que eram mais evidentes. A IA parece prometer tudo e nada ao mesmo tempo.

O CIO, Paulo, trouxe o primeiro mapa:

— Tecnologicamente, é impressionante. Mas é fácil se perder. Modelos abertos, fechados, APIs, LLMs, agentes autônomos… Precisamos pensar além da tecnologia.

Ele projetou um slide com um recorte da palestra da Sequoia no AI Ascent 2025:

“O valor vai se concentrar na aplicação. Soluções verticais, específicas, com flywheels de dados proprietários.”

Helena complementou:

— Ou seja: não adianta comprarmos a ferramenta da moda. A pergunta é: onde temos dados únicos, processos específicos, dores concretas?

Todos olharam para o CFO. Marcos já tinha a resposta na ponta da língua:

— Nosso negócio de crédito consignado, por exemplo. Conhecemos o perfil financeiro do servidor público como poucos. Com IA, poderíamos personalizar ofertas, monitorar sinais de risco, automatizar renegociações antes da inadimplência. Isso é defensável. É o tal data flywheel.

O RH entrou:

— E a força de trabalho? Como preparamos as equipes para conviver com agentes autônomos? Vejo muito medo nos times.

Paulo trouxe outra provocação da Sequoia:

“Estamos caminhando para a economia dos agentes. IA transacionando, negociando, coordenando fluxos sem intervenção humana direta.”

O Jurídico, atento:

— Isso abre desafios de identidade, responsabilidade jurídica e segurança. Se um agente comete um erro, quem responde? Precisaremos redesenhar governança.

Carlos resumiu:

— Ou seja: temos uma oportunidade de ouro se formos específicos, mas também uma bomba-relógio se formos ingênuos. Não é sobre sair contratando fornecedores de IA. É sobre redesenhar o negócio com clareza de onde geramos valor único.

A última frase veio de Helena:

— E com um “stochastic mindset”, como eles dizem: aceitando a incerteza, testando hipóteses pequenas, corrigindo rápido. Transformação não virá do plano perfeito, e sim do aprendizado rápido.

A reunião terminou sem um roadmap pronto.
Mas com algo mais valioso:
Um consenso de que a IA não é um projeto.

É um novo tipo de gestão estratégica do desconhecido.

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