Ontem o Google divulgou seus resultados do Q3 e os números foram ótimos. Porém, como eu sempre digo, o que mais interessa está nas entrelinhas, na parte que as pessoas dão pouco ou nenhum valor.
Sundar Pichai, CEO do Google, escreveu nas letras miúdas do relatório de resultados que 25% de todos os novos códigos de programação da empresa já são feitos por “máquinas”. É o algoritmo fazendo algoritmo.
Esses novos códigos, criados por algoritmos de inteligência artificial, ainda são revisados e aprovados por programadores humanos. Mas é óbvio que, à medida que ficam melhores, eles serão mais autônomos.
Isso sempre levanta aquela discussão: “será o fim dos programadores?” Ninguém pode cravar uma resposta, mas talvez a afirmação mais correta seja: “será o fim dos programadores como os conhecemos hoje.”
Esse necessidade evolutiva dos programadores não é exclusiva para esta profissão, pelo contrário. Todos nós precisamos evoluir à medida que as máquinas farão parte relevante do nosso trabalho.
O ponto principal é: o quanto estamos prontos para isso? Quem está realmente preocupado com a sua relevância? E que atitudes estamos tomando para sermos mais – e não menos – importantes daqui pra frente?
Já passou da hora de pensarmos nisso.