As Forças de Defesa de Israel (FDI) tornaram públicas, nesta última segunda-feira (04/05), gravações de áudio que correspondem a conversas telefônicas entre dois funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) na Faixa de Gaza. Nestas gravações, discute-se o envolvimento dos funcionários no ataque do dia 7 de outubro contra Israel, perpetrado pelo grupo terrorista palestino Hamas.
Segundo comunicado israelense ,as gravações incriminam dois professores da UNRWA pelo massacre ocorrido em 7 de outubro. Uma das vozes identificadas é a de Youssef Zidan Suleiman Al Hawajara, supostamente professor de árabe em uma escola da agência da ONU (UNRWA) no centro da Faixa de Gaza. Na gravação, descreve-se sua entrada em território israelense e alega ter capturado mulheres israelenses.
O segundo áudio é atribuído a outro funcionário chamado Mamduh Hasin Ahmed Alkali, identificado como professor de uma escola primária da agência da ONU em Khan Younis, região sul do território palestino, onde o Hamas tem uma forte presença. Em sua conversa, ele afirma estar dentro do território israelense cometendo ataques.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), serviços de inteligência indicam que a agência da ONU (UNRWA)emprega mais de 450 membros de organizações terroristas na Faixa de Gaza, principalmente do Hamas. Esses grupos, segundo autoridades israelenses, rotineiramente exploram organizações de ajuda internacional para fins terroristas.
O ataque perpetrado pelo Hamas no dia 7 de outubro do ano passado (2023) contra Israel desencadeou a atual onda de violência, que incluiu o disparo de milhares de foguetes e a infiltração simultânea de cerca de 3 mil combatentes do grupo terrorista. Estima-se que este ataque resultou na morte de aproximadamente 1.200 civis inocentes no território israelense próximos a fronteira com a Faixa de Gaza e no sequestro de outras 250 pessoas.
Em janeiro, Israel acusou a UNRWA de ter em sua equipe ao menos 12 funcionários envolvidos no referido ataque. A UNRWA rescindiu imediatamente os contratos desses funcionários e iniciou uma investigação. No entanto, antes mesmo da conclusão das investigações, 18 países, incluindo os principais doadores como Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Japão, anunciaram a suspensão de seus financiamentos para a entidade.
Com cerca de 30 mil funcionários, a UNRWA é a principal fornecedora de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A região enfrenta uma crise humanitária sem precedentes provocada pelos atos terroristas do Hamas contra Israel.
fonte: Revista Exílio