O juizforano Anderson Thees será o novo diretor-geral da Endeavor no Brasil. A partir de setembro, ele assume o posto que foi ocupado por Camilla Junqueira nos últimos seis anos. Segundo a organização, a mudança faz parte da política de mandatos criada para garantir a renovação de sua liderança.
Um dos precursores, e também um dos nomes mais respeitados do mercado de venture capital no Brasil, Anderson tem uma longa história com a Endeavor. Ele é mentor aqui no país desde 2003 e, em 2014, passou a atuar também na rede global. “O convite foi um verdadeiro presente e estou animadíssimo, vai ser uma jornada incrível”, disse ele em comunicado.
Ex-Naspers e fundador da gestora Redpoint eventures, Anderson estava no Itaú desde 2022 liderando, junto com seu ex-sócio Manoel Lemos, a criação de um fundo de venture capital próprio do banco. O Startups apurou que a iniciativa não foi adiante porque já existem outros projetos “concorrentes” em andamento – como o fundo de venture capital na gestora Kinea.
Para Anderson, incentivar a adoção das novas plataformas tecnológicas como inteligência artificial, criptomoedas, genômica, robótica e energia limpa no país será a chave para a chave para viabilizar um novo ciclo de crescimento acelerado no empreendedorismo brasileiro e assegurar protagonismo global para o Brasil.
Anderson será o sexto diretor da Endeavor no Brasil desde que a organização chegou a o Brasil, em 2000. Nos primeiros quatro anos, o startup, ela foi liderada pela executiva Marília Rocca. De 2005 a 2008, Paulo Veras, fundador da 99, fois responsável pela consolidação da operação. De 2009 a 2012, Rodrigo Telles, cuidou da expansão. No ciclo seguinte, até 2017, Juliano Seabra, deu à Endeavor relevância no Brasil. Com Camilla, o foco foi no impacto. “A Endeavor se adapta ao momento do ecossistema e ao perfil dos empreendedores. Assumi a operação aos 32 anos, ainda como uma aposta do Conselho, e a organização se provou capaz de acompanhar de perto o amadurecimento do ecossistema”, disse ela em comunicado.
Nos últimos seis anos, o faturamento do portfólio das empresas fundadas por empreendedores Endeavor cresceu mais de cinco vezes, saltando de R$ 4 bilhões para R$ 25 bilhões. Houve avanço também no quesito diversidade. Na última turma do programa de aceleração, mais de 60% apresentam pelo menos um marcador de diversidade. Por ano, a Endeavor acelera cerca de 200 empresas com potencial de alto crescimento, no Brasil. Ela também faz investimentos diretos por meio do dos fundos Catalyst e o Scale-Up Ventures.