Com IA, Mercado Diferente quer mudar relação com o varejo alimentar

Com IA, Mercado Diferente quer mudar relação com o varejo alimentar

Usar a inteligência artificial para mudar a relação dos clientes com o varejo alimentar. Com esta finalidade, a startup Mercado Diferente investiu R$ 1,5 milhão para criar o Tedi, um assistente virtual no WhatsApp.

A aplicação chega ao mercado inicialmente como um um assistente de cozinha para os usuários, contribuindo com informações relevantes dos alimentos selecionados, como melhor opção de armazenamento, dados nutricionais e possíveis composições de receitas.

Entretanto, segundo destaca o cofundador e CTO Paulo Monçores, isso é apenas um dos aspectos no qual o Tedi deve se relacionar com os clientes da Mercado Diferente. Com a evolução do bot, o plano é avançar com recursos como gerenciamento de assinaturas e mesmo o fechamento de compras dentro do WhatsApp, através de comandos de voz, texto ou foto.

Para tirar o projeto do papel, a Mercado Diferente firmou uma parceria com a Blip, startup especializada em atendimento via WhatsApp, e desenvolveu seu modelo em cima da LLM da OpenAI, observando questões regionais desde as de segurança (LGPD), até as de consumo (alimentos da região e estação).

“O Tedi é a parte final da nossa jornada utilizando IA. Já estávamos utilizando em outras áreas, como a PitaIA, que otimizava as cestas dos clientes baseadas em padrões de compra, e no nosso centro de distribuição. Agora o Tedi é a primeira disrupção na parte do varejo propriamente dita, mas é um reflexo de todos os investimentos que fizemos anteriormente”, explica.

Como já falamos no começo, o investimento no Tedi custou R$ 1,5 milhão para a foodtech e vem no rastro de uma rodada de R$ 9 milhões que a companhia captou no começo de junho, liderada pelo Collaborative Fund, com a participação da Caravela Capital. Segundo Paulo, o aporte chegou em bom tempo de acelerar os esforços para colocar o WhatsApp como um novo canal de aquisição e retenção de clientes.

“Sempre vimos o WhatsApp com um bom canal de relacionamento, e o recente investimento nos deu mais recursos para adicionar camadas de atendimento, com voz, e imagem, algo que não se vê tanto por aí no mercado. Com o Tedi, por exemplo, o cliente pode mandar uma foto da cesta que recebeu, e em poucos segundos, receber um plano alimentar para a semana”, explica o CTO.

Contra o desperdício

A empresa não revelou números do quanto pretende incrementar suas vendas com o foco redobrado no WhatsApp, mas segundo Paulo, o plano com o Tedi é reforçar ainda mais o contato com clientes – usuários ou não do app da Mercado Diferente – a partir do chatbot. Um desses focos para a fidelização está no melhor aproveitamento dos produtos comprados.

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Paulo Monçores e Eduardo Petrelli, cofundadores da Mercado Diferente (Foto: Divulgação)

“O Tedi chega para ajudar o nosso cliente a utilizar toda essa cesta. 20% do que é comprado geralmente vai para o lixo, pois para muitas pessoas planejar um cardápio dá trabalho. A ideia é contar com um copiloto que indique o melhor caminho para minimizar este número à zero”, destaca o CTO.

No fim das contas, com o aporte e investimentos em produto, a expectativa da Mercado Diferente é alcançar um faturamento de mais de R$ 60 milhões ao fim deste ano. Além disso, a companhia tem como seu principal objetivo chegar ao breakeven até o fim de 2024.

Seguimos em busca de maneira para mudar esse jogo e o Tedi é mais uma ferramenta para empoderar e estimular as pessoas a entrarem nesse movimento de evitar o desperdício de alimentos. Queremos mudar a forma pela qual as pessoas se relacionam com o varejo alimentar”, finaliza Paulo.

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