Green Card através de Casamento Fake

Green Card através de Casamento Fake chama atenção de consulados

                  De acordo com Daniel Toledo, advogado e especialista em Direito Internacional, esse tipo de comportamento gera consequências para todos aqueles que querem solicitar um visto

De acordo com um levantamento da Polícia Federal, em 2021 o número de brasileiros que deixaram o país e não retornaram foi o maior dos últimos 11 anos. No ano passado, 17% dos viajantes que saíram do Brasil não voltaram. Em 2010, quando os dados começaram a ser levantados, o índice era de 7% e em 2019, de 5%. Os Estados Unidos são o principal destino desses imigrantes.

A maneira mais conhecida para conseguir uma residência permanente nos EUA é com o famoso Green Card. O documento é extremamente restrito mas algumas possibilidades, como um casamento, podem ser a chave para conseguir esse tipo de permissão e estabelecer uma vida em solo americano.

Para Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, a busca por esse tipo de solução se tornou corriqueira e pode se tornar um problema. “É comum ver casos de brasileiros que chegam aos Estados Unidos, casam com americanos e se deparam com uma cultura totalmente diferente. Isso é algo que as pessoas precisam entender. Em qualquer lugar do mundo iremos encontrar culturas, costumes, regimes familiares, legislações e, até mesmo, datas de comemoração diferentes, e isso pode gerar uma série de atritos e desentendimentos”, alerta.

O advogado aponta, ainda, que muitas pessoas se casam sem ao menos se conhecerem pessoalmente. “Literalmente não conhecem seus próprios cônjuges e se vêem pela primeira vez quando já estando casados. Tudo isso, apenas pelo benefício do Green Card, fazendo com que os brasileiros fiquem ‘queimados’ em diversos lugares do mundo, com o estigma de tirar vantagens de estrangeiros. Em alguns meses eu recebi relatos desse tipo de caso não só de americanos, mas também de canadenses e portugueses. Claro, não são todos. Mas essa minoria cria um rótulo”, lamenta.

De acordo com o especialista em Direito Internacional, esse tipo de comportamento gera consequências para todos aqueles que querem solicitar um visto. “Quando alguém realmente tem o desejo de ir aos Estados Unidos para estudar ou realizar atividades de turismo, suas solicitações podem ser negadas pelos consulados por conta dos diversos casos problemáticos dos últimos anos. Isso se aplica, também, para aquelas pessoas que, de fato, querem dar entrada em um visto de casamento, enfrentando problemas para realizar o sonho do casal”, relata.

Para Toledo, brasileiros que moram nos Estados Unidos devem se afastar de pessoas que contemplam esse tipo de comportamento. “Se necessário, saia até mesmo de grupos do WhatsApp ou do Facebook. Quanto mais longe estiver desse tipo de situação, menos impacto essas pessoas terão nas nossas vidas”, finaliza.

Sobre Daniel Toledo

Daniel Toledo é advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford – Reino Unido,  consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional,  com foco em Imigração para os Estados Unidos.

 

fonte: Carolina Lara Comunicação

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