
Com uma abordagem histórica, filosófica e técnica, Bitti — fundador da Flexa Cloud e especialista pelo MIT — mostrou como a IA evoluiu desde mitos antigos até modelos generativos como o ChatGPT. Hoje, entender esse cenário é vital para qualquer profissional, empresa ou governo que queira se manter relevante. O evento aconteceu ontem, 29/04, em Vitória, ES, com a participação de Bruna de Castro, da AWS.
Um olhar histórico: da mitologia ao algoritmo
A jornada da inteligência artificial começa muito antes dos computadores. Mitos como o gigante Talos, da Grécia Antiga, e o Golem, do folclore judaico, já antecipavam a ideia de máquinas com capacidades humanas. No entanto, foi apenas em 1956, com a conferência de Dartmouth, que o termo “inteligência artificial” foi oficialmente cunhado.
Desde então, marcos como o Teste de Turing (1950), o robô industrial Unimate (1961), o Deep Blue vencendo Kasparov (1997) e o Watson dominando o Jeopardy! (2011) pavimentaram o caminho até os modelos generativos como o ChatGPT, lançado em 2022. Esses modelos, treinados com bilhões de dados, simulam raciocínio e criatividade humana com resultados impressionantes.
Como a IA realmente funciona?
Ao contrário do que muitos pensam, a IA não “pensa” como um ser humano. Ela aprende por meio de algoritmos de aprendizado profundo, ajustando previsões com base em feedbacks constantes. Técnicas como redes neurais, embeddings e aprendizado supervisionado são os pilares dessa engenharia digital.
Modelos de linguagem (LLMs), como o GPT, e modelos visuais (LVMs), como o DALL·E, são exemplos disso. Eles executam tarefas complexas, como traduzir idiomas, identificar objetos em imagens ou gerar arte sob demanda. Tudo isso com uma velocidade e eficiência inalcançáveis para humanos.
IA Generativa: a nova fronteira da criatividade?
Desde a popularização do ChatGPT, a IA generativa se tornou um divisor de águas. Agora, sistemas são capazes de criar conteúdo original — músicas, imagens, textos e vídeos — a partir de simples comandos textuais. Ferramentas como Midjourney, Suno e Runway exploram esse potencial diariamente.
No entanto, surge a pergunta: a IA tem imaginação? Segundo especialistas como o neurocientista Miguel Nicolelis, a resposta é não. A IA apenas recombina informações já conhecidas. Ainda assim, o impacto dessa recombinação é transformador.
Casos reais: como a Flexa aplica a IA no mercado
A Flexa Cloud, empresa liderada por Deivid Bitti, mostra que a IA já está moldando o presente. Entre os projetos implementados, destacam-se:
- Análise automatizada de atendimentos em call centers;
- Geração de relatórios e e-mails a partir de planilhas;
- Verificação de documentos e propostas contratuais;
- Criação de conteúdo esportivo a partir de notícias;
- Interpretação de ordens de serviço com validação por imagem.
Esses exemplos ilustram como a inteligência artificial aplicada pode economizar tempo, reduzir erros e gerar insights de alto valor para empresas.
O que isso significa para o Brasil?
Com um ecossistema cada vez mais conectado, o Brasil não pode ficar de fora da revolução da IA. A adoção consciente e estratégica da tecnologia pode alavancar setores como educação, saúde, agronegócio e segurança pública.
No entanto, isso exige liderança qualificada, capaz de lidar com incertezas, dados massivos e rápidas mudanças. Segundo Bitti, os líderes da nova economia precisam ser “nexialistas”, aprendizes constantes e críticos tecnológicos, prontos para separar o hype da utilidade real.
Inteligência artificial: ameaça ou oportunidade?
A dúvida persiste: a IA representa risco ou avanço? De acordo com a apresentação, tudo depende de como ela é usada. A automação pode ser libertadora quando aplicada com ética e propósito. Contudo, se mal orientada, pode ampliar desigualdades ou causar impactos sociais negativos.
Por isso, é essencial que governos, empresas e cidadãos participem ativamente da regulação e desenvolvimento dessas tecnologias, garantindo que a inovação caminhe com responsabilidade.
Conclusão: o futuro já começou
Como bem destacou Gilberto Gil em sua canção citada no encerramento da palestra, “o cérebro eletrônico comanda, mas não anda”. A IA pode ser poderosa, mas a inteligência humana é insubstituível. O presente exige coragem para explorar, aprender e evoluir junto com as máquinas.
Fique atento: quem não dominar essa linguagem pode se tornar obsoleto em um mundo movido por dados. Como resume Deivid Bitti: “Ou você perde o medo, ou perde a oportunidade.”
Quer saber mais sobre inteligência artificial aplicada ao seu negócio? Acompanhe os conteúdos de Deivid Bitti no LinkedIn e descubra como transformar a inovação em valor real.