Trump foi atingido por contratar pessoas leais como Pam Bondi: nem todo presidente faz isso?

É cuspido como um palavrão.

Donald Trump – respire fundo – está contratando pessoas leais.

O presidente eleito – você pode imaginar?? – está nomeando pessoas que ele sabe que irão apoiá-lo. Ele usou muitos palavrões, mas nada dito pela mídia é mais desdenhoso do que os legalistas.

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Agora pare e pense: todo presidente não contrata pessoas leais?

Joe Biden não se cercou de pessoas que estavam com ele há décadas? Ron Klain, Steve Richetti e Tom Donilon criaram uma bolha protetora em torno do presidente. Mas poucos, se é que algum, prognosticadores os rejeitaram como legalistas.

Por que? A imprensa geralmente aprovou as escolhas de Biden, incluindo Tony Blinken; o pouco comunicativo Lloyd Austin (que não contou ao chefe sobre sua cirurgia de câncer) e a igualmente pouco comunicativa Janet Yellen. A única pessoa que se destacou pelas grandes habilidades televisivas foi Pete Buttigieg, ex-candidato presidencial e ex-secretário de Transportes.

O presidente eleito Trump escolheu a ex-procuradora-geral da Flórida, Pam Bondi, para liderar o Departamento de Justiça. (Imagens Getty)

Não é um desenvolvimento recente. George Washington adotou uma abordagem de equipe rival, nomeando Thomas Jefferson como secretário de estado e Alexander Hamilton como secretário do Tesouro. O mesmo fez Abraham Lincoln, com Salmon Chase como secretário do Tesouro e William Seward como secretário da Guerra.

Mas se Trump escolher pessoas que espera que o apoiem, a reacção instintiva dos meios de comunicação social é que elas são perigosas para o país e atropelarão o Estado de direito.

Trump não fez muito uso do seu Gabinete no seu primeiro mandato e duvido que desta vez o faça, excepto em alguns cargos de topo. Além disso, ele comanda o show. Qualquer membro do Gabinete que se desvie da reserva pode ser demitido, no estilo “Aprendiz”. Servindo à vontade do presidente e tudo mais.

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Pelo que vale, Trump acabou com um Gabinete ideologicamente equilibrado. A primeira vaga – desde Marco Rubio como secretário de Estado até uma série de actuais e antigos membros do Congresso – é geralmente impressionante.

Mas depois houve o fiasco sobre Matt Gaetz, que agora cobrava centenas de dólares pelos vídeos do Cameo, e nomeados controversos como Pete Hegseth, RFK Jr. e Tulsi Gabbard. E também o Dr. Sem mencionar a animosidade em relação à deputada pró-sindical Lori Chavez-DeRemer como secretária do Trabalho.

É bastante óbvio que o presidente eleito gosta das pessoas que vê na TV e assiste muito à Fox News.

Jen Psaki fala no palco durante “Jen Psaki em conversa com Lawrence O’Donnell – Diga mais: lições do trabalho, da Casa Branca e do mundo” na cidade de Nova York. (Dia Dipasupil/Getty Images)

Mas consideremos: Jen Psaki e Symone Sanders-Townsend foram ambas colaboradoras da CNN quando aderiram à campanha de Biden e depois ocuparam cargos importantes na Casa Branca. Agora eles estão apresentando ou co-apresentando programas no MSNBC. Ninguém pisca porque eles são vistos como mocinhos se juntando ao time certo.

Da Fox, Trump escolheu o veterano combatente do Exército, Hegseth; ex-congressista Sean Duffy, co-apresentador da FOX Business e dois comentaristas médicos frequentes.

O que é fascinante é a forma como muitos meios de comunicação se voltaram contra Pam Bondi, ex-procuradora-geral da Flórida e promotora de carreira que possui a experiência que faltava a Gaetz.

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Claro, Bondi disse muitas coisas partidárias ao longo dos anos, como “processar os promotores” e depois acrescentar rapidamente “os maus”. Ela fez parte da primeira equipe jurídica de impeachment de Trump e depois dirigiu o braço jurídico de um PAC pró-Trump.

Bondi foi preterida no primeiro mandato de Trump porque aceitou uma doação de campanha de US$ 25 mil da fundação de Trump enquanto seu escritório conduzia uma investigação na Universidade Trump (ela própria uma bagunça).

O apresentador de “Fox & Friends Weekend”, Pete Hegseth, será o anfitrião do 2022 Patriot Awards em Hollywood, Flórida. (Fox Nation/Bryan Many)

Em 2013, Bondi aceitou uma doação de campanha de US$ 25 mil da fundação de Trump, ao mesmo tempo em que seu escritório conduzia uma investigação de fraude na Universidade Trump.

“Sua aceitação da doação coincidiu com sua decisão de não apresentar acusações de fraude contra a Universidade Trump”, disse Barbara McQuade, analista jurídica da MSNBC. Nenhuma evidência de quid pro quo surgiu. E um painel de ética da Flórida a inocentou de qualquer irregularidade. Mas isso já é notícia velha.

“A própria Bondi demonstrou gosto pela vingança – na Convenção Nacional Republicana de 2016, Bondi abraçou gritos de ‘prende-a’”, diz McQuade. “Mesmo brincar sobre a prisão de um oponente político é um insulto ao Estado de direito”.

Mas espere – o AG de Barack Obama, Eric Holder, não se descreveu como o “ala” do presidente? Há claramente um padrão diferente para os democratas.

O produtor de Rachel Maddow, Steve Benen, diz que Bondi “acusou falsamente o então conselheiro especial Robert Mueller de liderar uma investigação ‘corrupta’ que era “pior que Watergate”.

Por outro lado, Dave Aronberg, agora procurador do estado do condado de Palm Beach, perdeu a disputa para desafiar Bondi como AG, mas ela o contratou mesmo assim como secretário antidrogas. “Ela é alguém que acredita no Estado de direito. Não acredito que ela será Matt Gaetz 2.0. Ela não vai queimar tudo.”

Suponho que se trata de uma questão de confiança. Os meios de comunicação pró-Kamala recusam-se a dar a muitos nomeados de Trump o benefício da dúvida. Bondi criticou a armamento do DOJ. Você pode até chamá-la de leal.

Mas ela será a nova procuradora-geral e esse será o teste final.