A OpenAI acaba de fazer uma mudança pequena no código, mas enorme na percepção pública: o ChatGPT finalmente vai parar de usar o travessão quando o usuário pedir.
A atualização foi confirmada por Sam Altman, que comemorou o ajuste como “uma pequena vitória”. Pequena para eles, mas gigantesca para quem tenta publicar um texto sem parecer que ele saiu direto de uma IA.
O travessão virou, nos últimos meses, uma espécie de “impressão digital” dos modelos de linguagem. Do nada, qualquer texto com muitos tracinhos era suspeito.
Nas redes sociais, tornou-se quase uma regra informal: se tem travessão demais, tem IA na jogada. O problema? O sinal de pontuação não é, nem nunca foi, um detector confiável de nada. Ele só aparecia com tanta frequência porque os modelos foram treinados em grandes volumes de livros, artigos, reportagens — ambientes onde o travessão é comum.
A IA aprendeu que “bons textos usam travessão” e simplesmente replicou o padrão.
A atualização da OpenAI tenta reduzir essa associação automática, mas ela não resolve o essencial: os verdadeiros sinais de texto artificial continuam sendo outros. Repetição, monotonia, explicações redundantes, frases que parecem boas mas não levam a lugar nenhum: estes, sim, são os marcadores que especialistas usam para identificar produção gerada por IA. Até agora, Altman não comentou se novas correções virão para atacar esses vícios estruturais.
A discussão reacende um ponto interessante: o que realmente diferencia um texto humano de um texto artificial? No fundo, é mais sobre intenção, estilo e ritmo do que sobre pontuação.
O travessão existe desde o século XVI, muito antes de qualquer IA — e não deveria ser tratado como culpado. A nova atualização apenas devolve às pessoas o direito de usá-lo (ou não) sem levantar suspeitas.
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