Diversos fatores podem estar associados à decadência da qualidade dos espermatozoides e consequentemente à infertilidade masculina, como a má alimentação, sedentarismo e outro fator que está presente constantemente no dia a dia, o celular. Um artigo publicado na revista “Fertility & Sterility”, feito pela Universidade de Genebra e o Instituto Suiço de Saúde Tropical e Pública, por meio de um estudo, sugeriu que a radiação eletromagnética emitida pelos celulares tem relação direta com uma menor concentração e contagem total de espermatozoides.
Para o especialista em Reprodução Humana na CPMR – Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva e coordenador do Setor Integrado de Reprodução Humana da Unifesp, Dr. Renato Fraietta, a qualidade do sêmen depende diretamente da contagem de espermatozoides. “Podemos ver no estudo, que as ondas eletromagnéticas de radiofrequência são capazes de serem absorvidas pelo corpo humano, afetando o homem e fazendo com que ele tenha uma menor concentração de espermatozoides. Quanto menor for essa concentração, menor a probabilidade de procriar”, comentou.
As ondas eletromagnéticas ganham energia e frequência ainda maiores com o avanço dos sistemas de telecomunicações, como é o caso do sinal 5G. Isso pode fazer com que os efeitos das ondas no corpo humano sejam ainda maiores e aumentem mais com o passar dos anos. A radiação eletromagnética pode causar um efeito térmico na pessoa, aumentando a sua temperatura corporal e consequentemente, a temperatura dos testículos, que precisam estar abaixo dos 34.4°C, já que o calor excessivo é nocivo aos espermatozoides. Outro fator é a passagem da corrente elétrica no corpo, formada pela absorção das ondas do celular. Isso pode fazer com que o espermatozoide sofra danos no DNA, além de perder parte do seu poder de proliferação.
Mais estudos ainda precisam ser feitos para uma maior precisão em relação ao celular e à infertilidade. “Por enquanto, não há motivo para pânico. Mas uma coisa é certa, quanto menor for a qualidade do sêmen, maior a chance do homem ser infértil e precisar da medicina reprodutiva para conceber um filho. A concentração de espermatozoides precisa ser superior a 16 milhões por mililitro, para conseguir gerar um bebê em menos de um ano”, explicou Fraietta. “Por precaução, enquanto mais estudos não são concluídos, o melhor é manter o celular afastado do corpo, quando não estiver usando”, completou o especialista.
Em todo caso, a grande maioria dos casos de infertilidade são tratáveis. O casal ou pai solo ainda pode ter um filho por meio das técnicas de reprodução assistida, como a FIV – Fertilização in vitro, IIU – Inseminação intrauterina e também a ICSI – Injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Para a paternidade solo, o homem também precisa de uma doadora de óvulos e contar com uma parente consanguínea de até 4° grau para fazer a cessão temporária de útero. A infertilidade não é o fim do sonho de formar uma família, mas alguns cuidados devem ser tomados além das ondas eletromagnéticas do celular, como evitar o sedentarismo, não fumar e se alimentar bem.
Sobre a CPMR
A CPMR é uma clínica especializada em Reprodução Humana, com mais de 30 anos de experiência no tratamento do casal infértil. Todos os seus profissionais são oriundos da Escola Paulista de Medicina/UNIFESP, tendo participação ativa na capacitação e formação de grande parte dos profissionais em quase todo território nacional. https://www.cpmr.com.br/
fonte: medellin