Câmara dos Deputados aprova projeto que aumenta pena de feminicídio para até 40 anos

Câmara dos Deputados aprova projeto que aumenta pena de feminicídio para até 40 anos

Projeto teve apoio da bancada do Republicanos e endurece a lei para os criminosos

Publicado em 12/9/2024 – 14:21

Brasília (DF) – A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta (11), o Projeto de Lei 4266/23, que amplia a pena para o crime de feminicídio no Brasil. Pela nova legislação, a punição para quem cometer esse tipo de crime passará de 12 a 30 anos para de 20 a 40 anos de reclusão. A proposta, contou com o apoio da bancada do Republicanos e segue agora para sanção presidencial.

O texto aprovado também traz modificações importantes na legislação ao tornar o feminicídio um crime autônomo, e não mais uma qualificadora do homicídio, o que deve facilitar a identificação e a punição dos criminosos.

Novas penalidades e agravantes

Além do aumento na pena, o projeto também estabelece novas circunstâncias que podem agravar a punição. O assassinato de mães ou responsáveis por pessoas com deficiência, assim como crimes que envolvam métodos cruéis como asfixia, tortura, ou o uso de armas de fogo proibidas, terão penas mais severas. Tais agravantes também serão aplicadas aos coautores ou participantes dos assassinatos.

A lei Maria da Penha também foi impactada pelo projeto. Agora, o condenado por violência doméstica que descumprir medidas protetivas poderá ser condenado a uma pena de 2 a 5 anos de reclusão, em vez da punição anterior, que variava de 3 meses a 2 anos.

Direitos e restrições

A matéria também endurece as condições para presos condenados por crimes contra a mulher. Presidiários que ameaçarem ou praticarem novas violências contra suas vítimas poderão ser transferidos para unidades prisionais distantes do local de residência das vítimas. Além disso, o tempo necessário para a progressão de regime será aumentado para 55% da pena em casos de feminicídio, o que significa que os condenados por esse crime deverão cumprir mais tempo em regime fechado.

Os apenados que tiverem qualquer tipo de saída autorizada do presídio também serão obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas, e ficarão proibidos de receber visitas íntimas.

Aumento das penas para outros crimes

Além de feminicídio, o projeto dobra a pena para crimes como ameaça, injúria, calúnia e difamação, quando praticados contra mulheres por razão de gênero. A detenção para crimes de lesão corporal praticados contra mulheres ou familiares próximos também será aumentada, com reclusão de 2 a 5 anos, substituindo a atual punição de 1 a 4 anos.

Pelas redes sociais, a deputada federal Ely Santos (Republicanos-SP) comemorou a aprovação do projeto. “Demos um passo significativo na luta pela proteção e justiça às mulheres. Este é mais um resultado da nossa incansável luta para garantir mais segurança e dignidade para todas nós. Seguimos firmes, unidas e em defesa de políticas públicas que combatam a violência de gênero”, afirmou a deputada.

Texto: Com informações da Agência Câmara de Notícias
Foto: Mário Agra / Agência Câmara de Notícias

Ver todas

Compartilhe essa publicação, clicando nos botões abaixo:

Sobre Redação

Portal Direto Noticias - Imparcial, Transparente e Direto | https://diretonoticias.com.br | Notícias de Guarapari, ES e Brasil. Ative as notificações ao entrar e torne-se um seguidor. Caso prefira receber notícias por email, inscreva-se em nossa Newsletter, ou em nossas redes:

Veja Também

Lula abordará fome e clima em discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York

Lula abordará fome e clima em discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York

Uma reunião do G20 também está programada para ocorrer na sede da ONU, onde Lula fará a abertura da segunda reunião ministerial Ricardo Stuckert / PR Em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, o Brasil apresentará uma proposta de cooperação O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará um discurso na próxima terça-feira (24)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *