Todos os dias, você acorda com decisões semelhantes: pagar salários, manter o caixa saudável, entregar valor ao seu cliente, encontrar caminhos para crescer ou para sair do buraco.
Enquanto isso, Brasília troca de figurino. Políticos entram e saem do poder, das manchetes e às vezes até da cadeia. O noticiário gira, mas o boleto continua chegando. A máquina pública se dá ao luxo de dever e aumentar os custos por um motivo: ela sempre sobrevive.
A sua empresa, talvez não.
É duro admitir, mas é necessário: a sua empresa está sozinha. E você, enquanto liderança, mais ainda.
Não existe um plano de salvação nacional para o seu CNPJ. Não virá um milagre da Fazenda, nem da Faria Lima, nem do Fed, que transforme falta de visão em competitividade, ou atraso tecnológico em vantagem estratégica.
O que pode salvar sua empresa ou a sua carreira é o que sempre a sustentou: você.
E antes que você pense: tá bom, mais um texto em cima do muro, me culpando de alguma coisa, saiba: na StartSe a gente não fica em cima do muro. A gente quebra eles. Todos.
Porque não interessa ao seu negócio – muito menos a você – construir “muros”.
Você não pode se dar ao luxo de atender apenas a fatia do mercado ideologicamente aliada ao que você pensa, porque você vai quebrar.
Você não pode, nem consegue, contratar apenas pessoas que votam como você vota, porque você vai quebrar.
Por mais que você assista nas redes sociais a alguns “especialistas em aceleração de empresas” criando dicotomias ideológicas e batendo na mesa, como se esse assunto fosse vital para o seu negócio, você na vida real, fora dos cliques, dos engajamentos, dos likes, sabe que isso não paga conta.
Não resolve a empresa de ninguém.
A autorresponsabilidade é o novo diferencial competitivo
Vivemos a era da hiperexposição aos problemas coletivos.
Mas, paradoxalmente, é a era em que a liderança mais precisa voltar-se para si — e se perguntar, com brutal honestidade: o que ainda estou adiando por medo, zona de conforto ou discurso externo?
Seu concorrente não está esperando o próximo ciclo eleitoral para testar IA, investir em eficiência, mudar a cultura ou internacionalizar. E o seu cliente também não está esperando, ele só migra.
Você já passou por diversos governos. E o amanhã, com as contas a pagar, sempre chega.
A verdade é simples, mas incômoda: o Brasil pode enfrentar turbulências e vai enfrentar desafios cada vez maiores, mas dificilmente quebrará. Sua empresa, sim.
Enquanto você espera, o futuro avança
O que te paralisa mais: a incerteza econômica ou a certeza de que é preciso mudar?
A mentalidade de espera: “vamos ver o que acontece depois das eleições, depois do dia 1º de agosto” ou “melhor segurar até o cenário clarear” já matou mais negócios do que qualquer crise.
Por um motivo bem claro: esse tipo de pensamento terceiriza a responsabilidade. E enquanto isso, o relógio estratégico corre.
Executivos e fundadores que se destacam hoje não são os que acertam todas, mas os que decidiram sair da plateia e assumir o palco.
Eles erram, ajustam, aprendem. E a grande verdade: não estão nem aí para as crises políticas.
Acompanham elas, claro. Mas não esperam que delas saia um futuro melhor para seus negócios.
O real risco é não fazer nada
Seu maior concorrente talvez nem exista hoje. Pode estar nascendo agora em um coworking, financiado por uma tese de investimento que você ainda ignora.
Ele não está esperando o cenário melhorar, está criando o próprio. Está assumindo o risco que você evita.
O Brasil não vai quebrar.
Políticos mudam. Políticas mudam.
Mas a única constante da sua empresa é você. E o que você decide fazer (ou não fazer) a partir de agora está ditando o seu amanhã.