Para a maioria dos brasileiros, o prato tradicional do País é o composto por arroz e feijão. No caso do fiel escudeiro do arroz, o feijão conta com diferentes cores, texturas e utilidades culinária. Pensando nisso, a nutricionista da Água Doce Sabores do Brasil, Tamiris Pitana Martins, desvenda os tipos de grão e como usá-los na cozinha:
Feijão Carioca
Mais consumido no Brasil, o feijão carioca se popularizou na década de 1970 por ter um sabor suave e agradável ao paladar, além da casca fina. Apesar de ter o gentílico do Rio de Janeiro, o grão não é o mais vendido no Estado. O nome recebido deriva das características do feijão, que conta com listras semelhantes ao famoso calçadão de Copacabana. Por ter um sabor leve, o item pode ser consumido junto com arroz branco, purê de batata, batata frita e até em sopas.
Feijão Preto
Conhecido por fazer parte da tradicional feijoada, o feijão preto é o queridinho dos cariocas e gaúchos, sendo o mais consumido no estado fluminense e no Rio Grande do Sul. Com uma casca mais resistente, o grão, assim como o carioca, é rico em proteínas, fibras, ferro e cálcio. Além da feijoada, o feijão preto também pode compor pratos que levam arroz, chilli (famosa receita mexicana), bolinhos e caldos.
Feijão Branco
Menos popular no Brasil, o feijão branco é conhecido pela sua casca fina e sabor leve. O grão é mais consumido em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Com uma cor clara e formato oval, o feijão é uma rica fonte de fibras e vitaminas e é muito indicado para preparo de saladas, sopas e ensopados. Um prato tradicional do País e de Portugal e que é composto pelo grão branco é a dobradinha, receita que conta com bucho de boi, linguiça calabresa, bacon, batata inglesa e diferentes condimentos.
Feijão de corda ou fradinho
Muito apreciado no Nordeste e em Minas Gerais, o feijão de corda não produz caldo e tem um sabor mais frutado. Com um formato arredondado, o grão conta com menor teor de fibras, mas é fonte de proteína, carboidratos, ferro, cálcio e fósforo. Na cozinha, o feijão pode ser usado no preparo de acarajé (prato tradicional da culinária baiana), em homus (pasta árabe), saladas e baião de dois.
Feijão Azuki ou vermelho
Com um sabor adocicado, o grão é pouco consumido no Brasil e mais no Japão, principalmente em sobremesas da culinária japonesa, como o manju. De formato pequeno e cor avermelhada, o feijão é uma excelente fonte de proteína, fibra, vitaminas do complexo B e zinco. Com menos plantação no território brasileiro, o grão ainda é pouco encontrado nos mercados tradicionais, sendo achado em comércios voltados para a cultura asiática.
Feijão Jalo
De formato mais alongado e com um leve sabor adocicado, o feijão jalo conta com uma massa mais consistente e caldo grosso. O grão também é pouco consumido no Brasil, mas é muito exportado para países árabes. Ele é o que mais tem fibras alimentares, auxiliando no funcionamento do intestino e na diminuição de açúcar e colesterol no sangue. O grão pode ser usado em receitas de tutu e feijão tropeiro. Além disso, conta com diferentes variações, como o jalo roxo, que pode ser utilizado no preparo de sopas e saladas nas cozinhas paulista, goiana e mineira.
“Com uma variedade no mercado, os consumidores podem encontrar mais de 10 tipos do grão, cada um com uma indicação para ser utilizado na cozinha, harmonizando com diferentes pratos e receitas. Porém, todos contam com propriedades nutricionais que auxiliam no funcionamento do corpo, dando energia e sendo capaz de ajudar em dietas específicas”, finaliza Tamiris.
fonte: DFREIRE