Testemunhamos durante o feriado de 1º de Maio mais um episódio de utilização descarada da máquina pública em prol de interesses político-partidários. O presidente Lula, em um evento financiado através de recursos da Lei Rouanet e com o patrocínio da Petrobras, não apenas ignorou a imparcialidade esperada de um líder de Estado, mas também desrespeitou abertamente a legislação eleitoral ao solicitar apoio para Guilherme Boulos, pré-candidato da extrema-esquerda à prefeitura de São Paulo.
O evento, intitulado Festival Cultura e Direitos, deveria celebrar os trabalhadores e a cultura, mas foi transformado em um palanque eleitoral antecipado, comprometendo a integridade tanto do processo eleitoral quanto das instituições envolvidas.
Os participantes que esperavam um festival de música foram surpreendidos por discursos de deputados estaduais do PT, alguns poucos ministros, sindicalistas protestando contra a privatização da Sabesp, membros da CUT, da UNE e até do MST. Foram obrigados a ouvir críticas ao capitalismo, rotulando-o como fascista, à legitimidade do impeachment de Dilma, referido como “um golpe”, e uma série de ataques ao governo anterior, denominado como “governo fascista” que precedeu o mandato de Lula.
Além dos generosos R$ 250 mil provenientes de uma doação de uma faculdade privada via Lei Rouanet, o assim chamado “festival cultural” recebeu o apoio financeiro da Petrobras, que desembolsou R$ 3 milhões para um evento que atraiu menos de duas mil pessoas.
Além do abuso de poder flagrante, Lula cometeu uma violação séria das normas eleitorais, que proíbem explicitamente a realização de campanha eleitoral antes do período oficial.
O partido NOVO foi rápido em buscar na Justiça uma liminar contra Lula. Embora a resposta da Justiça Eleitoral, exigindo a remoção do vídeo do discurso do presidente das plataformas digitais, tenha sido um passo necessário, ainda assim não foi suficiente para reparar o dano causado à confiança pública no uso adequado e legal dos recursos e mecanismos estatais. Junto com a pré-candidata à prefeitura de São Paulo, Marina Helena, o partido também levou o caso de Lula ao Ministério Público.
O comício do Primeiro de Maio expõe o pior do petismo: a manipulação das instituições para obter poder, algo que ressurgiu com força total no governo que prometia “salvar a democracia”. É vital defender a separação entre o Estado e os interesses partidários. É inadmissível que o aparato estatal seja instrumentalizado para beneficiar candidaturas específicas, comprometendo a igualdade de oportunidades entre todos os concorrentes e minando a própria democracia. O Partido NOVO está comprometido em continuar lutando pela integridade e justiça, assegurando que todos os cidadãos possam confiar na imparcialidade e legalidade da gestão pública e dos processos eleitorais no Brasil.
fonte: NOVO